A chamada Operação Pac Man, deflagrada em 29 de outubro pela Polícia Civil de Candelária, segue causando desdobramentos na comunidade. A ação, que contou com a participação de centenas de policiais e causou um baque na facção Bala na Cara, com 12 prisões e o indiciamento de 19 acusados de integrarem a organização criminosa, gerou reações inesperadas entre os próprios bandidos.
Uma mulher de 29 anos, que é companheira de um dos traficantes presos durante a operação, ameaçou a delegada Alessandra Xavier de Siqueira, responsável pela ofensiva contra o grupo. “Essa suspeita é investigada e também foi indiciada por integrar organização criminosa e por associação ao tráfico de drogas. Ela disse, no bairro (Ewaldo Prass), que sabia onde eu morava, quem são meus familiares e que eu não iria ‘me criar’ aqui”, revelou a delegada, em entrevista à Gazeta do Sul.
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A acusada continua em liberdade. Seu nome, por enquanto, é mantido em sigilo. “Já tínhamos cumprido mandados na casa dela durante a operação e em um momento posterior. Ela já era alvo de uma investigação. Foi representado ao Poder Judiciário pela prisão dela, mas não sei se o juiz irá deferir”, complementou a responsável pela DP de Candelária.
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Relembre a operação
A Operação Pac Man, realizada em 29 de outubro, foi um duro golpe contra a facção Bala na Cara, que domina o comércio de entorpecentes em Candelária, sobretudo no Ewaldo Prass. O bairro é conhecido por ser o mais perigoso da cidade e base da organização. Comerciantes evitavam fazer entregas de mercadorias nas imediações, com medo de serem alvos de ações criminosas. Em um caso revelado pela delegada Alessandra Xavier de Siqueira, um político em campanha foi intimidado no bairro por um dos líderes da facção, que saiu à rua portando uma arma longa.
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Na data da operação, 130 policiais, com suporte de um helicóptero, cumpriram 31 mandados de busca. Os efeitos dessa ofensiva no município foram imediatos. Ao todo, 12 pessoas foram presas, incluindo o alvo principal da ação. Esse homem, de 26 anos, era o comandante da facção Bala na Cara no Bairro Ewaldo Prass e recebia ordens diretas de um indivíduo conhecido no submundo do crime pelo apelido de “Guidão”. Este cumpre pena na Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos e é o líder da organização criminosa que atua na cidade.
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