ads1
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Liderança que saiu de Pinheiral: conheça Mathias Bertram, candidato à Prefeitura

Mathias mantinha intensa atividade comunitária na localidade de Pinheiral quando começou a ser procurado para entrar na política

Quando decidiu entrar para a política, Mathias Emílio Bertram tinha uma pretensão: representar a comunidade de Pinheiral, localidade onde cresceu e com a qual guarda fortes vínculos afetivos.

Os pais de Mathias, Nestor e Ruth, já moravam lá quando tiveram o terceiro dos quatro filhos – embora a mãe tenha optado por tê-lo no hospital de Venâncio Aires, onde os dois mais velhos haviam nascido. Como a família se tornou muito conhecida, sobretudo após a criação da padaria Lisaruth no fim dos anos 90, Mathias aos poucos foi se tornando ativo na comunidade.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Mulheres, pessoas mais velhas e com ensino superior: qual o perfil dos eleitores de Santa Cruz

Publicidade


Na atual Associação Esportiva Recreativa Pinheiral, por exemplo, foi jogador, treinador e presidente. Também participou da mobilização pela construção do ginásio do clube. Quando a estrutura finalmente ficou pronta, pressionava o então presidente pela inauguração. “Até que um dia ele bateu em minha casa e atirou as chaves para mim: ‘Tu queria abrir, então agora te vira’. E lá fui eu abrir o ginásio. Acabei virando o ecônomo”, recorda Mathias, que também já foi festeiro de quermesses, presença constante em jantares e ajudou a reativar o Conselho de Desenvolvimento de Pinheiral (Codepin), do qual ainda faz parte.

Essa atividade comunitária começou a chamar a atenção do meio político. O primeiro foi Raul Henn, atual presidente do PL, que à época integrava o MDB e, quando ia até a empresa vender erva-mate, estimulava Mathias a se filiar. No entanto, embora já estivesse inclinado a se lançar, Mathias decidiu desde o início que escolheria um partido de oposição ao governo Telmo Kirst, por discordar das posições do prefeito e entender que a gestão estava em dívida com a sua região. “O PTB era a alternativa, e ainda é, ao governo. Por isso optei”, alegou.

Publicidade


LEIA MAIS: Apenas dois partidos tiveram candidato a prefeito em todos os pleitos da década atual

Publicidade

Não por acaso, após conquistar o primeiro mandato de vereador em 2016, quando foi o quarto mais votado da sigla, tornou-se uma das vozes mais fortes da oposição a Telmo.

Mathias e a irmã Elisa, cujo nome batizou a empresa: na cozinha desde muito cedo | Foto: Arquivo Pessoal

A frustração

Embora já carregasse consigo a ideia de algum dia concorrer a prefeito, Mathias entendeu que disputar uma vaga na Câmara deveria ser o primeiro passo. Às vésperas de concluir o primeiro mandato de vereador, não esconde a decepção com as limitações da atuação parlamentar. “Me frustrei bastante sendo vereador de oposição. Achei que minhas propostas seriam ouvidas, que haveria diálogo”, critica.

Para ele, no entanto, a decisão de concorrer, apesar da estabilidade da qual usufruía no setor privado, foi uma forma de sair da omissão. “Não vai existir um político que caia do céu. Os políticos saem do meio de nós. Então, percebi que ou me colocava à disposição ou passaria a vida inteira dizendo que ninguém me representa”, relata.

Publicidade

Publicidade

Tudo começou na cozinha de casa

Ainda jovem, Mathias testemunhou a criação da Lisaruth, hoje uma referência em culinária típica alemã. Sua irmã mais velha, Elisa – cujo nome, junto com o da mãe, batizou o empreendimento –, fazia tortas para casamentos desde os 12 anos, enquanto a mãe produzia pães e cucas em forno a lenha para vender à vizinhança. O que sobrava era picado e congelado para consumo próprio. “Nunca compramos um pão no mercado”, lembra Mathias.

O pai era sócio de uma pedreira, de onde saíram as pedras utilizadas na construção do primeiro prédio da empresa, que tinha 48 metros quadrados e está em pé até hoje, agora cercado pelas sucessivas ampliações que ocorreram conforme o negócio se expandia. “As pessoas às vezes olham e dizem que cresceu rápido. Na verdade, não cresceu rápido. E teve muito trabalho envolvido”, conta. Hoje a empresa tem 75 funcionários e produz, em média, 500 cucas por dia.

Mathias já ajudava a mãe na cozinha e passou a acompanhar os pais e os irmãos na padaria. Como de início a empresa não tinha condições de pagar salário, em alguns momentos ele optava por trabalhar em lavouras de tabaco para ganhar algum dinheiro. Por volta dos 18 anos, afastou-se do negócio familiar e trabalhou por um período em outras empresas, como a CVI Refrigerantes e as antigas Lojas Fischer. Mais tarde, retornou.

Publicidade

Publicidade
Publicidade

© 2021 Gazeta