Observado pela torcida, João Gabriel Santos, de 16 anos, joga futsal na quadra externa nos fundos da escola. “João, João, João”, chamam os colegas. “Vem pra fazer a foto”, convidam.
Enquanto isso, a poucos metros dali, quem dá uma pequena aula sobre educação ambiental é a estudante Nicolly Becker, de 12 anos. “A gente trouxe garrafas pet, depois cortamos e plantamos mudas de flores dentro delas”, conta a menina. Quem ficou feliz com a ideia foi o professor Renato Araújo. Soube-se, aliás, que ele, Renato, estaria cogitando ampliar o jardim em frente à instituição aproveitando as novas mudinhas. Só que não. “Cada aluno levou sua florzinha pra casa”, disse Nicolly.
Nem por isso o projeto que o educador tinha em mente ficou comprometido. Ele mesmo, com o auxílio do pai de um aluno, seu Jair Morsch, tratou de transformar o pequeno espaço em frente ao educandário em um canteiro florido. “Quando o aluno chega na escola e enxerga um jardim assim, ele vai achar bonito e fazer em casa também”, justifica Renato, apontando para as dezenas de betúnias, amores-perfeitos e gerânios.
Publicidade
Reproduzir em casa o que se aprende na escola é coisa do João. Desde junho, com a chegada de um novo projeto, além das mudas de flores cultivadas em garrafas pet, um outro espaço, até então abandonado, ao lado da quadra de João, agora tem uma horta.
FUTURO
O projeto que chegou para fazer a diferença neste ano, na Escola Estadual Felip-pe Jacobus, de Santa Cruz, chama-se Plantando o Futuro, realizado por profissionais da área ambiental da Unisc. “A ideia é fazer com que o aluno se envolva em todo o processo, desde a preparação da terra, o plantio, até o cuidado com as hortaliças, sempre procurando reaproveitar material reciclável’, explica a educadora Fabíola Moreira.
Publicidade
“A gente aprendeu muitas coisas com o Bruno (Hubner) e é bem legal mexer na terra”, disse Maurício Oliveira, de 13 anos, ao se referir ao técnico agrícola. Um dos aprendizados é contado pelo filho de seu André. “Agora eu ajudo meu pai em casa a cuidar dos temperos na horta, porque a gente faz carreteiro e a gente gosta de temperar bem”, diz João Gabriel. “E é importante dizer também que nossos alunos aproveitam na merenda o que produzem na horta”, conclui o simpático e falante professor Renato.
This website uses cookies.