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OBRA

Licitação da Ponte do Fandango deve sair ainda no primeiro semestre de 2022

A Comissão de Assuntos Municipais promoveu audiência pública híbrida no dia 17 de março, em Cachoeira do Sul, para tratar da situação da Ponte do Fandango, sobre o Rio Jacuí, interditada desde outubro do ano passado em função do surgimento de fissuras na estrutura. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o assunto é prioridade da Superintendência e que tenta a licitação da obra ainda no primeiro semestre deste ano.

Conforme a engenheira Paula Ariotti, analista de transporte e infraestrutura e Chefe do Serviço de Manutenção do Dnit, a situação do restauro da Ponte do Fandango se encontra em fase final para o lançamento do edital de contratação das obras ainda no primeiro semestre deste ano e, ainda, que o Dnit tomou todas as providências para obter a liberação de passagem de pedestres e tráfego de veículos leves no menor prazo possível.

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Mesmo questionada sobre data precisa, respondeu que não é possível afirmar ainda, uma vez que o departamento depende de trâmites técnicos e administrativos que estão em andamento para que a licitação ocorra na maior brevidade possível. “Tendo em vista a urgência, temos a estimativa do primeiro semestre, tendo o mês de abril como meta, e esperamos que ocorra o mais breve possível”, afirmou a engenheira, que participou virtualmente da audiência. Sobre o valor da obra, informou que o projeto está em fase de orçamentação e por essa razão ainda não há definição. Reiterou que se trata da prioridade do Serviço de Manutenção Terrestre do Dnit e assumiu compromisso em encaminhar as demandas da audiência.

O Coordenador da Defesa Civil de Cachoeira do Sul, Edson Junior, informou que em conformidade com a legislação federal, o município decretou situação de emergência pelo colapso de edificação da ponte, o que daria agilidade ao processo e posterior reparação do dano. Mesmo com homologação do governo estadual, não houve reconhecimento pelo governo federal como desastre, uma vez que não houve a ruptura total da ponte. Essa negativa significa que o governo federal não aportará recursos para o custeio de solução alternativa, como o pagamento da balsa que está fazendo a travessia de caminhões e ônibus, cujo custo individual é de R$ 65,00. Reiterou o pedido para que o governo federal reconheça a situação de desastre e assuma as despesas com a balsa.

Ele também solicitou melhoria na sinalização das duas extremidades da Ponte do Fandango e semáforos. O local é de difícil manobra para os caminhões e oferece riscos nas entradas e saídas em direção à BR-153. Junior informou que o contrato de reforma é para o vão que fica sobre a parte seca. “O viaduto da ponte não foi objeto de contrato de reforma de reestruturação”. Ele também questionou a falta de fiscalização da obra, que foi entregue em 2018, com custo de R$ 8,2 milhões, com limitação de peso dos caminhões até 26 toneladas, mas o tráfego é de até 90 toneladas, o que teria sido uma das causas do colapso da ponte. “Essa sobrecarga pode ter comprometido a ponte”, ponderou. O proprietário da balsa, João Paulo, também solicitou posição do Dnit a respeito da locação da balsa.

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