Ao longo de nossas vidas somos obrigados a cumprir tarefas que repetidamente geram aborrecimentos, revolta e desânimo. Logo na infância e na adolescência, ir à escola é uma obrigação monótona e repetitiva. A importância dessa rotina, porém, só conhecemos através do tempo. Além do conhecimento, se consolida a importância das recordações de muitos amigos que fizemos para sempre.
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Já na idade adulta, trabalhar para buscar o sustento próprio e da família por vezes suscita frustrações. Isso se deve pelas funções frustrantes que desempenhamos. Outro fator de desassossego está ligado à baixa remuneração. Anos depois, com a chegada da terceira idade, driblar doenças, dores e submeter-se a exames periódicos para garantir a sanidade produz contratempos. E muitos temores. Mas tudo isso “é da vida”, como dizia meu avô, Bruno Kirst.
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A partir dos 16 anos – por opção – ou com 18 – por imposição legal – a participação na vida política torna-se um ônus que muitos criticam. Esse protagonismo se dá através do voto, que no Brasil é obrigatório, ao contrário de outros países.
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A democracia possui nuances diferentes mundo afora. Em alguns lugares o sistema é bastante liberal, adotando-se o voto facultativo. Noutros, adota-se uma “democracia” escamoteada, assim mesmo, desse jeito, entre aspas. Em outros, por incrível que pareça, ainda vigora a ditadura. E o mais incrível ainda é que este sistema de controle sobre a vontade popular tem muitos fãs. Inclusive no Brasil.
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“Se você acha ruim a atual legislatura, espere a próxima!”. A frase, atribuída ao saudoso Ulysses Guimarães, resume o agravamento gradativo da qualidade de nossos representantes políticos. Permanece consolidada a impressão de que a cada eleição só elegemos políticos despreparados, corruptos e venais. Mas na realidade a coisa não é bem assim.
A grande mídia nutre um interesse sádico em veicular, através de vistosas manchetes, apenas os maus exemplos. “Notícia ruim ‘vende’ mais”, reza a lenda. Políticos íntegros e competentes ocupam pouco espaço, mas eles existem. E não são poucos. Citá-los com maior frequência – ou destaque – geraria ânimo, otimismo e inspiração para que outras pessoas entrassem na vida pública qualificando a função.
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Poucas pessoas lembram em quem votaram no último pleito. O desinteresse impede o eleitor de acompanhar a vida política, estimulando a impunidade. O desinteresse pela política impede o desenvolvimento de uma nação.
Criticar sem participar é covardia. No Brasil, sob o pretexto de que “na política só tem ladrão”, a maioria dos cidadãos se omite. A perdurar a situação, jamais seremos um país desenvolvido e fraterno. Participar requer sacrifícios, mas manter a liberdade – hoje ameaçada – justifica.
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