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Levantamento aponta alto índice de contaminação por dengue em Santa Cruz

Agentes da vigilância atuam no levantamento do índice de dengue

Toda a população de Santa Cruz do Sul está convocada para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. O apelo foi feito pela coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Francine Braga, diante do aumento do número de notificações de focos do inseto no município e o quadro geral que assola o país. Segundo Francine, o último Levantamento de Índice Rápido (LIRAa), realizado em janeiro deste ano, indicou que Santa Cruz do Sul encontra-se com alto índice de contaminação – em 2024, já foram feitas 168 notificações e registrados oito casos positivos.

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Apesar da situação preocupante, a coordenadora da Vigilância e Ações em Saúde, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, acredita na capacidade de reversão do quadro, com o apoio da população. Ela relembra que, em 2021, Santa Cruz do Sul foi a cidade com o maior número de casos no Estado – mais de 5 mil, além de cinco óbitos por dengue e quatro casos de zika.

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Diante desta situação, ela salienta que o governo da prefeita Helena Hermany trabalhou para readequar sua estrutura e enfrentar o problema. A ampliação do número de agentes de endemias (atualmente são 27 profissionais), a aquisição de novos equipamentos e a instituição de novos protocolos para combater o mosquito (o uso de mapas de calor e o mapeamento da cidade através do LIRAa) surtiram efeito.

Durante os anos de 2022 e 2023, o município não registrou mortes por dengue e teve uma queda de mais de 80% no número de novos casos. Santa Cruz do Sul também se tornou cidade pioneira no Rio Grande do Sul no uso do larvicida biológico para o combate à proliferação de mosquitos.

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Diante de resultados tão positivos, Francine acredita que será possível reverter o quadro apontado pelo último levantamento. “Durante dois anos consecutivos, nós ganhamos essa guerra. Tenho certeza de que, em 2024, temos condições de vencer também”. Para tanto, além das ações governamentais, ela salienta que a colaboração da população é indispensável. O último LIRAa demonstrou que apenas 3% do total de amostras positivas foram encontradas em terrenos baldios e áreas públicas – ou seja, 97% das larvas do Aedes aegypti estão em residências.

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Francine destaca que a Vigilância já começou o bloqueio da área onde foram identificados os oito casos positivos. No momento em que uma pessoa com sintomas da doença chega a uma unidade de saúde do município, a ação já é iniciada para identificar o foco do mosquito. Conforme Francine, autoridades públicas, meios de comunicação e sociedade em geral precisam agir em conjunto para que o enfrentamento seja bem-sucedido. “O mosquito da dengue veio para ficar, está adaptado. Então, é necessário um trabalho constante, que não acaba amanhã.”

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A população deve ajudar cuidando do seu próprio imóvel: é preciso evitar o acúmulo de água em baldes, potes, pneus e quaisquer outros objetos que possam reter o líquido, como cadeiras de praia, cozinhas de brinquedo e até carrinhos de bebê. Além disso, também é recomendada a instalação de telas em janelas e portas, evitando que o mosquito adentre os domicílios. Outra medida recomendada é a utilização de repelentes. “Inserir esse hábito na comunidade é um trabalho nosso, para que com os anos vire uma rotina”, afirma Francine.

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Com relação a ferros velhos e cemitérios, ela informa que os locais recebem aplicação de inseticida a cada 15 dias. A população também pode denunciar terrenos baldios e outras áreas suspeitas de conterem focos do mosquito, entrando em contato com a Ouvidoria da Prefeitura (whatsapp 51 98443-0312) ou pelo e-mail vig_sanitaria@santacruz.rs.gov.br – o anonimato é garantido. “Essas situações precisam chegar ao Poder Público para que possamos adotar as medidas necessárias”, justifica.

Francine também anuncia que, dentro de aproximadamente duas semanas, a Prefeitura deverá iniciar a aplicação do larvicida biológico – produto homologado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – por toda a cidade, priorizando, inicialmente, as áreas onde os casos positivos foram identificados. O produto, que não é inseticida, será aplicado com a máquina de fumacê e tem efeito contra mosquitos e insetos em geral.

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Santa Cruz registra primeira morte por dengue de 2024

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O secretário de Saúde, Fabiano Dupont, reforçou o apelo à comunidade e destacou o compromisso com o combate ao mosquito. “A Prefeitura lançará mão de todos os recursos disponíveis para trazermos a cidade novamente a um ambiente controlado em relação ao Aedes e à dengue. Pedimos a cada cidadão que se some a nós nesta luta”.

Óbito

Para Francine Braga, a morte registrada em Santa Cruz do Sul de uma pessoa com dengue é fator de preocupação, mas não reflete a realidade da cidade. O indivíduo de 65 anos era portador de várias comorbidades. “Isso precisa ser visto dentro de um contexto. Trata-se de um caso isolado, se levarmos em consideração todo o aparato que utilizamos para combater a doença”.

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