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Ler faz muito bem: ‘O último bandeirante’

Em tempos de quarentena, a Gazeta do Sul indica um livro por dia, propondo uma leitura instrutiva e aprazível, para viajar pelo mundo sem sair de casa.

Dica de hoje:

RAPOSO TAVARES: O ÚLTIMO BANDEIRANTE, de Pedro Pinto. São Paulo: Planeta, 2015. 272 p. R$ 25,00

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O escritor e jornalista português Pedro Pinto, 49 anos, recupera neste romance um personagem que tem muito mais a ver com o Vale do Rio Pardo do que talvez o leitor imaginasse num primeiro momento. O bandeirante Antônio Raposo Tavares, que dá nome à mais importante rodovia do Estado de São Paulo, a SP-270, entre a capital e a divisa com o Mato Grosso do Sul, em extensão de 650 quilômetros, foi igualmente um português, nascido em 1598.

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Ocorre que Raposo Tavares liderou a ofensiva contra a Redução Jesus Maria, estabelecida ao sopé do Morro Botucaraí, em Candelária, em 3 de dezembro de 1636, dizimando esse ajuntamento, com cerca de 6 mil indígenas. Não tivesse o ataque ocorrido, talvez a região nunca tivesse sido incorporada a Portugal, e hoje pertencesse à Espanha.

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