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Leite materno: pela saúde e bem-estar dos bebês

Neste mês, acontece a campanha Agosto Dourado, que reforça sobre a importância da amamentação para o desenvolvimento das crianças. De acordo com a pediatra Fátima Souza, o leite materno é um dos principais contribuintes para a formação adequada da microbiota intestinal, causando diferentes efeitos induzidos pelas bactérias no metabolismo e na imunidade, ajudando na proteção principalmente contra infecções intestinais, respiratórias e alergias. A proteção se estende para além do período de amamentação, ao longo da vida também para doenças crônicas, como diabetes e obesidade. E as mães também ficam protegidas, pois diminui a incidência de câncer de mama e ovário e diabetes tipo dois.

Estudos mostram que a amamentação está consistentemente associada com maior desempenho em testes de inteligência em crianças e adolescentes, com um incremento combinado de 3,4 pontos no quociente de inteligência (QI). Um estudo no Brasil sugeriu um efeito da amamentação na inteligência, na escolaridade alcançada e na renda na vida adulta, sendo 72% do efeito da amamentação sobre a renda explicado pelo aumento no QI.

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Fátima também atesta que as crianças amamentadas por mais tempo têm um risco reduzido em 68% de desenvolver maloclusão dentária permanente. Além disso, episódios de diarreia e infecções respiratórias podem ser evitados pela amamentação, diminuindo as internações hospitalares em 72% nos casos de diarreia e 57% nos casos por infecção respiratória. “As evidências científicas sugerem que, se o aleitamento materno fosse até os dois anos ou mais, seriam evitadas 823 mil mortes no mundo todo em crianças menores de cinco anos.”

Pediatra Fátima Souza | Foto: Divulgação

Convém reforçar que a amamentação nem sempre é fácil: a mãe pode ter complicações como fissura e mastite e dificuldades se o mamilo for invertido ou plano. Há também fatores emocionais, sensibilidade materna aumentada, a necessidade de ser cuidada, amparada e compreendida. A participação do pai é importante e cada vez mais valorizada, assim como a consultoria em amamentação. A observação da mamada durante uma consulta com o pediatra e uma correção na posição da mamada e da pega podem aliviar a dor e solucionar um problema que poderia ser um obstáculo à amamentação. As diferenças individuais, o temperamento inato dos bebês, o momento de vida do casal, a relação familiar, as experiências anteriores, tudo influi na relação mãe–bebê e neste período tão importante.

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“Amamentar é um ato de amor, mas muitas vezes é um desafio. As mães que não podem ou não conseguem amamentar vão transmitir o mesmo amor ao dar a mamadeira para seus filhos. Há muita cobrança e expectativa em relação à perfeição, mas somos humanos, portanto, diferentes e únicos. Cada relação tem suas particularidades, mas considerando tantas vantagens já expostas e bem conhecidas, ainda mais a longo prazo, na saúde física e na qualidade de vida, vale a pena tentar, é uma oportunidade que não pode ser perdida”, reforça Fátima.

Na hora de mamar

Para garantir que o bebê está mamando de maneira adequada, vale seguir algumas dicas da pediatra:

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Fátima ensina que é possível perceber se a criança mamou o suficiente: “O bebê fica calmo e relaxado após a amamentação e solta a mama espontaneamente. As trocas frequentes de fralda, em média de seis a oito vezes ao dia, também dão uma ideia da adequada ingesta. A mãe também deve notar que o seio fica mais leve e macio após a mamada. Além disso, verificar se o bebê está ganhando peso adequadamente, conforme avaliação do pediatra e análise das curvas de crescimento.”

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