Em visita a Venâncio Aires, o governador Eduardo Leite anunciou nessa terça-feira, 11, a ampliação do número de moradias a serem construídas por meio do programa A Casa é Sua, na localidade de Estância Nova, onde funcionava o Instituto Penal Agrícola. A comitiva do Palácio Piratini também esteve na Escola Adelina Isabela Konzen, que recebeu os estudantes da devastada Escola Mariante. No local, confirmou o atendimento dos pedidos da comunidade escolar, como a ampliação de salas de aula e a recuperação do ginásio de esportes, mediante apresentação dos projetos.
Leite ainda esteve no Distrito de Mariante, onde averiguou a situação e conversou com moradores, que tiveram suas casas desmontadas, e comerciantes, que o aguardaram com cartaz onde se lia a frase “Governador, os comerciantes querem falar”. E eles foram atendidos.
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Ao tomar ciência de que os empreendedores são pessoas que nasceram na localidade e não têm interesse em ir para outros espaços, o chefe do Executivo destacou a importância da visita. “Minha intenção, vindo nas comunidades, é não tomar decisão de gabinete. É importante ouvir vocês e conversar com especialistas para ver o que fazer.”
O encaminhamento de medidas de forma mais rápida, ressaltou o governador, depende de parcerias com outros entes públicos, como o governo federal e as prefeituras. No caso de Venâncio Aires, está agilizado o processo para a construção das casas porque o município tem disponível a área do antigo Instituto Penal Agrícola, que é do Estado.
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A Prefeitura já encaminhou contrato para a demolição do prédio, que terá investimento de R$ 600 mil, e a instalação de infraestrutura como ruas, fornecimento de energia elétrica e saneamento. Nesse caso, serão aplicados outros R$ 4 milhões dos cofres locais.“Essa é uma visita de trabalho do governador, que nos garantiu a ampliação para 72 casas. Ainda teremos demanda, que vamos encaminhar em parcerias com o Estado e a União, em outras áreas”, disse o prefeito Jarbas da Rosa, que acompanhou Leite durante a tarde.
O governador reforçou que Venâncio Aires é um caso positivo, por estar mais estruturado, mas em outros lugares o Estado deverá agir mais ativamente. “Cada caso é um caso, e temos que atender os 95 municípios em estado de calamidade”, enfatizou. Explicou que isso é feito por meio da disponibilização de maquinários, com R$ 1,5 milhão em horas-máquina para cada um dos municípios.
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Também tem sido feito o repasse fundo a fundo da Defesa Civil, que vai de R$ 700 mil a R$ 5 milhões, de acordo com a população – Venâncio Aires tem direito a R$ 3 milhões. Desse valor, já foram encaminhados repasses que somam R$ 550 mil emergencialmente, com recursos do Piratini, e novo aporte será feito com verba disponibilizada pelo Tribunal de Justiça. “O prefeito sabe onde está precisando mais, se é comprar material, cascalho, tubos ou galerias para fazer pontilhão”, justificou, sobre a destinação às prefeituras.
Leite ainda agradeceu a parceria com o Executivo municipal, que tem feito o transporte dos alunos da Escola Mariante para a Escola Adelina Isabela Konzen, que tem recebido os estudantes da localidade mais atingida de Venâncio Aires.
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A visita do governador e de sua equipe serviu para tomar ciência da situação e reforçar a aproximação com a comunidade. E foi isso que aconteceu. Por diversas vezes, Eduardo Leite foi interpelado por moradores e representantes da população, que queriam fazer um registro fotográfico ou apresentar alguma demanda.
Foi o caso de Kelly Konzen, presidente da comunidade Estância Nova, onde serão construídas as casas para abrigar os moradores que aceitarem deixar o Distrito de Mariante. Ela entregou documento pedindo a instalação de uma unidade de órgão de segurança, como Brigada Militar ou policiamento rodoviário. Leite afirmou que vai contatar a Secretaria de Segurança Pública para confirmar os indicadores do local e averiguar a possibilidade de atender ao pedido.
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No Distrito de Mariante, o governador fez questão de parar a comitiva para conversar com comerciantes, que pediam a “audiência”. Um dos empresários, Augusto Schneider, explicou a Leite que toda a sua vida foi naquela localidade e não concorda com a “extinção” do distrito”. Sua família tem um mercado e uma loja de ferragens, com alvará em vigência há 35 anos.
“Queremos permanecer aqui. Ele [o governador] ter parado mostra que é uma pessoa que ouve o que a comunidade pensa”, disse. “A gente não quer expulsar ninguém, mas temos que tomar cuidado para não estimular que ocupem locais perigosos. O rio está mostrando que tem um espaço que é dele. Ele vem em uma trajetória e ignora as curvas”, alertou Leite, ao dizer que a situação do lugar será estudada.
O deputado estadual venâncio-airense Airton Artus acompanhou a visita do governador e defendeu medidas de suporte para os pequenos empresários, sob pena de ser ainda mais demorada a recuperação das localidades atingidas pelas cheias. Ele tem projeto na Assembleia que contempla essa demanda.
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