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VÍDEO: leilão da RSC-287 ocorre nesta sexta-feira

Às vésperas da escolha, a Gazeta do Sul foi conferir as condições do trecho de 204,5 quilômetros que será concedido

Passados 21 meses desde o anúncio oficial de que o governo do Estado iria conceder os 204,5 quilômetros da RSC-287 à iniciativa privada, acontece a partir das 10 horas desta sexta-feira, 18, na Bolsa de Valores de São Paulo, o anúncio da empresa vencedora. A menor tarifa para as cinco praças de pedágio da rodovia será decisiva na definição da vencedora do leilão. O processo é considerado um dos mais importantes no quesito parceria público-privada no Rio Grande do Sul e é visto como alternativa para a retomada econômica do Estado, assim como única possibilidade de destrancar o desenvolvimento e evitar que a logística esbarre em uma estrada que não tenha capacidade de movimentar cargas e passageiros em um futuro muito próximo.

Vence a menor proposta de pedágio
Confirmando a perspectiva do governo do Estado, que ao lançar o edital de concessão previa que o certame seria concorrido, quatro grupos empresariais habilitaram-se para participar do leilão, marcado para as 10 horas, em São Paulo.

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Conasa Infraestrutura S.A., Consórcio Integrasul, CCR S.A. e Consórcio Via Central são os quatro grupos que apresentaram as propostas e foram credenciados a participar da disputa.

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Como a duplicação dos 204,5 quilômetros da RSC- 287 é condição para o fechamento do negócio, o pedágio que será cobrado em cinco praças vai ser o fundo garantidor das obras. Contudo, o preço desse pedágio será também o critério para a seleção da nova concessionária.

Após várias revisões no valor, por conta da atualização dos cálculos de insumos e investimentos, o teto da tarifa do pedágio alcançou os R$ 7,37. A empresa que vencer a disputa será a que propuser o menor preço, abaixo desse limite. A expectativa do governo é que ocorra, inclusive, uma redução de até 40% nas cifras.

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As propostas serão abertas e exibidas no painel eletrônico da Bolsa. A partir daí, os representantes das empresas poderão fazer lances – em viva voz – para a oferta da tarifa. A concorrente que apresentar o menor valor de tarifa vai ser qualificada em primeiro lugar. Depois de decretada a primeira colocada, a comissão de licitação do governo do Estado vai passar à análise dos documentos.

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LEIA MAIS: Concessão da RSC-287: quatro empresas estão na disputa

Restaram dois trechos bastante críticos
Passados 21 meses, a Gazeta do Sul refez a expedição pela RSC-287, para verificar em que condições está a rodovia que será leiloada. Partindo do início da concessão, no quilômetro 28, em Tabaí, até o 234, no acesso a Santa Maria, a equipe de reportagem percorreu os 204,5 quilômetros da estrada.

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Na maior parte de sua extensão, a RSC-287 apresenta condições razoáveis na pista de rolamento. Em pelo menos três trechos, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) concluiu obras de reparo no pavimento e na sinalização horizontal e vertical. O último trecho em obras localiza-se no quilômetro 132, após o pedágio de Candelária.

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Nos acessos a Tabaí, Taquari, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Vale do Sol, Candelária, Novo Cabrais e Novo Paraíso, a pista está bem conservada, com indicativos de manutenção frequente. O trecho fecha também com o perímetro concedido à EGR. São em torno de 150 quilômetros mantidos pela cobrança das duas praças de pedágio, em Candelária e em Venâncio Aires.

Os principais problemas estruturais da rodovia concentram-se em dois trechos. O primeiro – ainda no traçado da concessão da EGR – fica no interior de Venâncio Aires. Do quilômetro 62 em diante e até o 80, já no acesso ao município, em vários trechos existem falhas estruturais, rachaduras e buracos mal tapados. São 18 quilômetros que testam a habilidade dos motoristas.

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