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Vera Cruz

‘Legítima defesa não se sustenta’, afirma delegado sobre depoimento do autor de facada

Foto: Alencar da Rosa

Em uma rápida investigação, a Polícia Civil concluiu o primeiro caso de homicídio ocorrido em Vera Cruz em 2022. O crime aconteceu na tarde de sábado, 15. Gilmar Júnior de Assis de Souza, de 30 anos, foi atingido por uma facada e morreu na madrugada de domingo, 16, no Hospital Vera Cruz (HVC). O delegado Paulo César Schirrmann ouviu o acusado de homicídio durante a tarde desta segunda-feira, 17.

Ao Portal GAZ, ele confirmou que o homem de 36 anos é morador de rua, e ao final do inquérito, será indiciado por homicídio qualificado. A qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – será elencada pelo motivo fútil, em virtude do assassinato ter ocorrido em decorrência de uma briga. “Foi um depoimento longo. A tese de legítima defesa não se sustenta, pois ficou claro, pelo que apuramos, que a vítima não possuía qualquer arma na hora do óbito”, afirmou Schirrmann.

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Segundo ele, neste momento, o autor da facada não será preso. “Ele não tinha uma prisão decretada, não cabia mais o flagrante, se apresentou voluntariamente, vem colaborando conosco, então, neste momento, optei por não representar pela prisão”, disse o delegado.

Inquérito será remetido ao Judiciário até o fim do mês

Os investigadores da Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz apuraram que autor e vítima tinham um rixa anterior, brigaram outras vezes e, no dia crime, se encontraram na Praça José Bonifácio, no Centro. Após um desentendimento inicial no local, a vítima e um amigo foram até uma distribuidora nas proximidades, buscar bebidas. Nesse meio-tempo, o morador de rua teria ido buscar uma faca em um local onde costuma escondê-la, próximo a um banheiro da praça.

Quando Gilmar retornou e foi sentar junto a um posto de combustíveis, foi atingido pela facada. À DP de Vera Cruz, o autor do homicídio, que não teve o nome revelado, disse ainda que Gilmar o teria agredido com um chute na perna, uma voadora no braço e o derrubado no chão, o que teria motivado a ação contra a vítima.

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Conforme o delegado, embora o caso esteja decifrado, com autoria esclarecida e motivação identificada, alguns detalhes ainda precisam ser confirmados para a finalização do inquérito. “Não conseguimos localizar a faca utilizada no crime, mas acredito que a nossa equipe tem essa possibilidade ao longo dos próximos dias. Também, aguardamos detalhes técnicos como a perícia no local e a necropsia. Creio que antes do final do mês devo remeter esse inquérito ao Poder Judiciário”, finalizou Schirrmann.

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