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Legislativo propõe batizar o plenário da Câmara de Nilton Garibaldi

Como era de se esperar, a sessão de segunda-feira, 3, da Câmara de Santa Cruz foi marcada por homenagens ao ex-vereador Nilton Garibaldi, falecido na última terça-feira, vítima da Covid-19, aos 72 anos. O presidente Ilário Keller (PP), que por vários anos dividiu o plenário com Gariba, foi o primeiro a subir à tribuna e exaltou sua trajetória de mais de três décadas no parlamento municipal. Lembrou, por exemplo, que foi Gariba, enquanto presidente no início da década de 1990, quem decretou a autonomia financeira do órgão, até então subordinado ao Executivo.

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Destacou também o apoio que Gariba, detentor de profundo conhecimento de direito público, costumava oferecer aos vereadores menos experientes. “Independente do partido, ele estava sempre junto, tentando passar seu conhecimento para que houvesse evolução e valorização do Poder Legislativo”, disse. A manifestação foi seguida de um minuto de silêncio e da primeira de uma série de salvas de palmas que foram ouvidas ao longo da noite.

Na sequência, o líder de governo, Henrique Hermany (PP), anunciou que havia colhido assinaturas de todos os colegas para ingressar com um projeto de lei que batiza o plenário da Câmara de Plenário Nilton Garibaldi. Henrique disse que Gariba era “amigo de todos, respeitado por todos, um excelente tribuno e um bom advogado”. “Nada mais justo, justíssimo, que nós façamos essa homenagem”, disse, valendo-se de um dos bordões que Garibaldi eternizou na Câmara. Henrique disse ainda que ele era uma “unanimidade no ambiente político” e tinha o “respeito da comunidade”. Após o pronunciamento, Henrique entregou o projeto ao vereador Leonel Garibaldi, filho de Nilton, que está no primeiro mandato.

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Mais tarde, foi a vez de Leonel subir à tribuna. Visivelmente emocionado, ele leu um texto em homenagem ao pai. Disse que a Câmara foi o lugar onde ele “se realizou” e que foi “um advogado brilhante”. “Ele fez de servir e ajudar as pessoas a sua maior vocação”, afirmou. Lembrou também da habilidade de Gariba como orador e de outro de seus bordões: “coincidências coincidentes”. Disse ainda que o pai tinha “enorme prazer pela vida” e era “um homem à frente de seu tempo”. Alegou ainda que atuará na Câmara para garantir que o legado de Gariba “jamais será esquecido”. Para Leonel, seu destino é “honrar a memória do pai”. “Figura pública exemplar e um ser humano maravilhoso, com o qual eu tive o privilégio de conviver intensamente. Minha maior inspiração, meu grande exemplo, meu mentor”, afirmou.

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