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Quebra de decoro

Legislativo começa a decidir o futuro de André Scheibler

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Ex-vereador André Scheibler

A Câmara de Santa Cruz começa a decidir nesta segunda-feira, 18, o futuro político do vereador afastado André Scheibler (PSD). Na sessão virtual que começará às 18 horas, os vereadores vão decidir se abrem ou não um processo de cassação do mandato de Scheibler por quebra de decoro parlamentar. A denúncia foi protocolada por Gerson Trevisan (PSDB) na sexta-feira, uma semana após a 1ª Vara Criminal determinar o afastamento liminar de Scheibler.

O parlamentar e mais cinco pessoas – incluindo a secretária municipal de Habitação, Aretusa Scheibler, esposa dele – são acusados pelo Ministério Público de uma série de irregularidades, incluindo exigência de salários de servidores e assessores fantasmas. As duas ações ajuizadas contra eles, uma na esfera cível e outra criminal, também incluem uma denúncia feita pela Gazeta do Sul em outubro do ano passado, quando veículos da Prefeitura foram flagrados trabalhando em um terreno que pertence a familiares de Scheibler em Linha João Alves. Na última segunda-feira, o Tribunal de Justiça, em Porto Alegre, rejeitou um recurso de Scheibler para reverter a decisão.

A votação ocorrerá ao fim da reunião, após a análise dos projetos. Na condição de autor do pedido, Trevisan não participará da votação. Ainda na sexta-feira, o primeiro suplente da bancada do PSDB, Cesar Cechinato, foi convocado. Ontem à noite, porém, ele informou à coluna que a decisão será tomada ao longo do dia.

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Para o pedido ser acolhido, é preciso maioria simples, ou seja, nove votos. A tendência, porém, é que o acolhimento se dê por unanimidade, assim como ocorreu nos casos dos vereador Elo Schneiders (PSD) e Alceu Crestani (PSD), cujos processos de cassação estão na reta final. Antes da votação, a denúncia, que tem 24 páginas, será lida na íntegra pelo segundo secretário da Mesa Diretora, Luís Ruas (PSD).

Uma vez aceita a denúncia, será instalada ainda na noite de hoje a comissão parlamentar responsável por conduzir o processo. Os três integrantes – um presidente, um relator e um secretário – serão definidos por sorteio entre todos os vereadores, à exceção de Trevisan e do presidente Elstor Desbessell (PL), a não ser que mais alguém se declare impedido.

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Também nesta segunda-feira será empossada a substituta de Scheibler, Solange Finger. Embora atualmente filiada ao PSD, ela é primeira suplente da bancada do Solidariedade. Ocupou cadeira de vereadora entre janeiro de 2017 e outubro do ano passado.

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