Cansado. Sonolento. Estressado. Lento. Dolorido. Desanimado.
– Basta! – pensei. Basta! – bradei.
Precisava mudar ou ao menos tentar. Então, numa manhã ordinária, sem nada de especial, sem nenhum sinal mais evidente do que a minha própria indignação e insatisfação com os 145 quilos que a balança apresentava, tomei uma atitude. Apesar de alto (tenho 1,90 metro), o peso e o malefício dele decorrente não eram mais toleráveis. Queria voltar a me sentir bem, bonito, disposto, saudável. Era necessário agir.
O primeiro passo foi fazer a inscrição em uma academia para iniciar os treinos no dia seguinte. O dia seguinte chegou, mas a vontade não. Porém, estava decidido a enfrentar a preguiça e os maus hábitos. Então fui. Era preciso dar o primeiro passo. E dei. No primeiro dia de treino, a dificuldade de fazer movimentos que dez anos antes eram naturais. Embora ainda jovem, aos 34 anos percebi que precisaria respeitar o tempo de um corpo que desde o nascimento da minha filha estava carente de atividade física e pra lá de enferrujado.
LEIA TAMBÉM: Sobre abrir os olhos
Publicidade
O primeiro dia passou, e dores em lugares que eu nem sabia que poderiam doer passaram a ser minha companhia. Vieram o segundo dia, o terceiro, o quarto e a primeira semana. Ainda não era fácil, mas ficava menos dolorido a cada repetição. Superei o sono, o desânimo, a autossabotagem e tive o incondicional apoio da minha família. Aqui preciso abrir um parêntese. Minha esposa, a Lu, que já havia iniciado um projeto de emagrecimento há alguns meses, inspirou essa atitude. Ver a evolução dela e também contribuir para que ela tivesse sucesso na sequência foi fundamental. Outro fator de motivação tem sido a minha pequena, Maria Flor. Muitas vezes, nós que somos pais repetimos por aí que morreríamos por nossos filhos. E por que não viver por eles? Por que não ser saudável por eles? Estava difícil, mas eu tinha que seguir.
Aos poucos, com os exercícios e equilibrando a alimentação, os resultados começaram a surgir. A primeira vitória foi bater a barreira dos 140 quilos. Em seguida, fechando o primeiro mês praticamente 10 quilos a menos na balança e, agora, fechando o segundo mês de treinos e cuidados, praticamente saindo da faixa dos 130 quilos. Ainda sinto dores, ainda tenho dias difíceis, mas a evolução evidente me impulsiona a manter o foco. Roupas voltaram a servir, a disposição está de volta e até tenho acordado com vontade de treinar (risos).
LEIA TAMBÉM: Então é Natal, e o que você fez?
Publicidade
Queridos, não pretendo aqui fazer autopromoção ou inflar meu ego. Pelo contrário! Estou abrindo mão dos meus pudores quanto ao peso em que eu estava (e tinha vergonha disso), para deixar um recado, um incentivo. Dê o primeiro passo! Vença uma batalha por dia. Reconheça as suas fraquezas, mas siga acreditando em você. Não espere um sinal de Deus para iniciar a sua transformação. Aliás, esse sinal já pode ter aparecido de diversas formas, você que não se deu conta. Comece e vá em frente. Enfrente.
Procure ajuda se for preciso. Faça o seu processo e não mire somente no final. VIVA esse processo e aproveite a caminhada. Seja construindo ou desconstruindo. Não espere a virada de ano para iniciar. Comece hoje, comece agora. Eu posso garantir que vai valer a pena.
LEIA OUTROS TEXTOS DA COLUNA FORA DE PAUTA
Publicidade
Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙
This website uses cookies.