Esportes

Leandro Porto: “Classificação é um marco para o projeto do União Corinthians”

Fechamos, na última quarta-feira, 24, a cobertura de mais uma temporada do União Corinthians no Novo Basquete Brasil (NBB). Para quem recorda com saudades o time campeão brasileiro em 1994, o resultado deste ano pode parecer pequeno, mas, respeitosamente, discordo. Considero essa participação simbólica, um divisor de águas para o projeto. Pela primeira vez desde o retorno à elite do basquete nacional, o clube buscou a classificação para os playoffs da competição e isso precisa ser louvado. É verdade que caímos nas oitavas, mas esse fato não desmerece a conquista dos objetivos traçados.

Antes do começo do campeonato, direção e comissão técnica projetaram a classificação. E isso foi feito. Aos trancos e barrancos, com vitórias memoráveis e também derrotas irritantes, a equipe alcançou aquilo que se propôs. E mais, não fez feio diante do Minas Tênis Clube, adversário das oitavas. Nas duas derrotas (73 x 83, em Santa Cruz, e 81 a 73, em Minas) podemos até avaliar que faltou qualidade para o time, mas não apontar que faltou entrega ou garra. Angustiado, cobri cada segundo das partidas e reporto que o grupo de jogadores buscou a todo momento honrar a valiosa camisa do União Corinthians.

Me perdoem os pessimistas de plantão, mas prefiro ver o lado positivo do que estamos vivendo. Sim, existem muitos aspectos que precisam ser reavaliados, o grupo necessita de reforços substanciais para alçar voos maiores e até brigar pelo título da competição, mas o trabalho realizado não só nesta, mas nas três temporadas de NBB disputadas, deve ser elogiado.

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Temos de ser honestos e, ao criticar, também fazer a ressalva de que mais uma vez a confirmação financeira da participação no certame aconteceu no apagar das luzes. Esse trabalho árduo capitaneado pelo diretor de basquete, Diego Puntel, rendeu frutos que serão colhidos na sequência, já que ao menos minimamente o clube tem garantia financeira para disputar as próximas duas temporadas. Contudo, sabedores que somos da inevitável proporção financeira nos resultados em quadra, é preciso observar e apoiar o time, no sentido de angariar mais recursos e apoio.

Dentro de quadra, quero destacar algumas figuras. A primeira é o ala norte-americano Duane Johnson, grande destaque da equipe na temporada e que, agora adaptado ao basquete brasileiro, deve ser fundamental para o próximo NBB. Outra grata surpresa da reta final desta edição foi o norte-americano/brasileiro Luis Machado Junior, que mostrou personalidade e, por ser jovem, pode crescer caso fique.

Também quero ver mais do sérvio Radovan Djokovic. Ele sofreu muito com a dinâmica do esporte por aqui e pode ajudar mais na próxima temporada. Ainda o argentino Enzo Ruiz, que embora tenha sofrido com lesões, é certeza de raça e luta. Necessitamos de jogadores com esse espírito. No mais, a tendência é pela continuidade do treinador Rodrigo Silva, que teve bons momentos na temporada e, no segundo ano como coach, deve apresentar um trabalho mais consistente.

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Não posso esquecer do público, que faz o Arnão vivo e mais uma vez foi o grande destaque do União Corinthians. Melhor média da melhor torcida. Gurizada é gigante! Que venha o próximo NBB! Por aqui, já estamos com saudades!

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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