Um transtorno recorrente com a chegada do verão volta a afetar o Vale do Rio Pardo: a falta de chuva. A exemplo do que ocorreu no fim de 2018 e de 2019, em 2020 a precipitação ficou abaixo da média na região em dezembro e já começa a preocupar as prefeituras e os agricultores. As culturas de soja e milho estão com seu desenvolvimento considerado normal pela Emater/RS-Ascar. Entretanto, os problemas com o abastecimento de água começam a aparecer e servem de alerta, especialmente nas localidades do interior.
Conforme o extensionista da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise, as lavouras de grãos estão com o crescimento conforme o esperado. A soja, cuja área se encontra quase 100% semeada, está na fase de desenvolvimento vegetativo e dentro da normalidade, com uma pequena parte em formação de vagem. Já o milho encontra-se com 85% da área plantada, sendo o restante basicamente resteva de tabaco ainda por semear. Parise destaca que apesar da boa distribuição da chuva em novembro e neste mês, não será possível recuperar as lavouras que sofreram com a estiagem em outubro. “A questão é que essas perdas são variáveis, visto que em alguns lugares choveu em maior volume e os prejuízos foram menores”, afirma, acrescentando que a alta cotação dos grãos no mercado acaba compensando eventuais perdas.
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Apesar da chuva ter ficado abaixo da média histórica para o mês de dezembro no Vale do Rio Pardo, o tabaco não chegou a ser afetado. Conforme Paulo Vicente Ogliari, gerente de Pesquisa e Estatística da Afubra, o problema foi mesmo o granizo. Do dia 25 até ontem, a instituição recebeu 404 notificações de produtores da região – 260 em Sobradinho, 120 em Venâncio Aires e 24 em Santa Cruz do Sul. Os técnicos já estão visitando as propriedades e prestando atendimento aos fumicultores.
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