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RISCO NO CAMPO

Lavouras resistem à falta de chuva no Vale do Rio Pardo

Foto: Bruno Pedry/Banco de Imagens

Bom desempenho da agropecuária, com supersafra de grãos – como a soja –, explica maior crescimento do que o projetado para o ano

A chuva que caiu no mês de dezembro sobre o Vale do Rio Pardo foi bastante desordenada. Entre os dias 1º e 25, a precipitação ficou concentrada em cinco dias. Apenas em 4 de dezembro, foram registrados 42 milímetros para Santa Cruz do Sul, o equivalente a quase metade do total do período, de 100,4 milímetros. O montante está abaixo da média para o mês, que é de 129 milímetros, mas foi o suficiente para evitar perdas maiores em culturas como a soja e o milho na região.

No caso da soja, o desenvolvimento é normal, segundo informações da regional da Emater-RS/Ascar. O volume de chuva registrado em poucos dias, inclusive, trouxe problemas pontuais de germinação, mas o replantio foi bem-sucedido. Na regional da Emater de Soledade, na qual está inserida a maior parte do Vale do Rio Pardo, a semeadura da soja já alcança a 98%, segundo o agrônomo e extensionista rural Josemar Parise.

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“Em alguns pontos o solo ficou muito seco e muitos produtores aguardam o retorno das chuvas para poder retomar a semeadura, mas está dentro do zoneamento, que vai até o final de janeiro. E o quadro geral da cultura é de normalidade. Houve um bom estabelecimento de plantas em toda a região. Diferente da última safra, quando houve muitas falhas na germinação em emergência.” Parise destaca que um pequeno número de lavouras já está iniciando o florescimento, mas a maioria ainda está em fase vegetativa.

Plantações de milho correm risco

O plantio do milho na área do baixo Vale do Rio Pardo já chega a mais da metade do total. Na região, a atividade é realizada normalmente entre agosto e outubro. Parte dessas lavouras plantadas mais cedo estão em fase plena de desenvolvimento.

“Ocorrerram chuvas até a semana retrasada em grande parte da região, e isso restabeleceu em parte a umidade do solo. Mas a demanda por água nessa fase é elevada, e, continuando esse quadro de deficiência hídrica, podem ocorrer perdas”, explica Josemar Parise. Até agora, conforme o agrônomo da Emater, elas ficaram restritas a pontos isolados e, na maioria da região, as plantas mantêm o aspecto verde característico.

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O final do ano também é marcado pela plantação em áreas de resteva do tabaco. Essas lavouras igualmente são impactadas pela baixa quantidade de chuvas, mas, como estão em fase inicial, mesmo em um quadro de deficiência hídrica e de baixo volume, elas se mantêm, segundo Parise. “Retornando a chuva, elas se recompõem, com baixo impacto de produtividade”, observa.

É fundamental evitar todo e qualquer tipo de desperdício

O gerente da Corsan em Santa Cruz do Sul, Bruno Barreto, informou que o Lago Dourado, principal reserva hídrica do município, ainda mantém sua capacidade. No entanto, é difícil prever o consumo da população nos próximos meses. Mesmo com o nível baixo do Rio Pardinho, o curso d’água ainda segue abastecendo o reservatório. Atualmente, a Corsan retira água tanto do Lago Dourado como do rio para manter o fornecimento.

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“O nível do Lago Dourado está normal, ele é projetado para suportar por seis meses. Mas o momento é de não desperdiçar, evitar lavar calçadas, ter um consumo consciente, porque o Rio Pardinho não tem vazão para abastecer toda a cidade”, afirma Barreto. Nessa segunda-feira, 26, o Lago Dourado apresentava um nível de 4,76 metros, quatro centímetros abaixo de seu volume normal.

A previsão de chuva para Santa Cruz do Sul nos próximos 15 dias não é das melhores. De acordo com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), entre segunda e o próximo sábado, a projeção de precipitação é de 42 milímetros. No entanto, os primeiros dias de 2023 serão secos, com menos de 10 milímetros previstos para a primeira semana, elevando ainda mais a necessidade de cuidados.

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