Permanece em investigação o caso de assassinato brutal de Lisiane Vieira Bicca, de 40 anos, ocorrido em 26 de junho em Santa Cruz do Sul. O homicídio foi o último registrado no município e foi cometido com requintes de crueldade por dois homens, ainda não identificados. Na data, por volta de 18 horas, os criminosos chegaram em um Corsa sedan prata e invadiram a casa da vítima, que fica na Rua José de Oliveira Lopes, no Bairro São João.
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Lisiane, que trabalhava em uma empresa fumageira, estava no banho quando foi alvejada com tiros de pistola calibre 9 milímetros. Os seus dois filhos encontravam-se na residência e viram a mãe ser assassinada. A apuração da dinâmica do crime pelos policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) é mantida em sigilo pela delegada Raquel Schneider.
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No entanto, foi possível constatar, em um laudo fornecido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), que Lisiane estava grávida. Segundo a delegada Raquel, a gestação da vítima estava na 12ª semana e o feto já teria cerca de 15 centímetros. Outro laudo pericial indicou que, embora tenham sido encontrados mais estojos na cena do crime, foi possível comprovar que apenas um atingiu Lisiane, em sua cabeça.
Os bandidos ainda atiraram contra o rosto do cão Thor, da família, que tentou defender a vítima e seus filhos. “O cachorro teve que ser sacrificado. Foi recolhido pelo Canil Municipal e, durante o atendimento do ferimento, foi constatado que ele também era positivo para leishmaniose visceral e não tinha mais como tratá-lo”, explicou a delegada Raquel.
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Ex-companheiro já foi ouvido pela Polícia Civil
No dia do crime, os bandidos chegaram à casa de Lisiane Vieira Bicca e chamaram por seu ex-companheiro. Na sequência, entraram e efetuaram os disparos, um dos quais a acertou na cabeça. Posteriormente, apurou-se que o mesmo Chevrolet Corsa teria passado ao longo da tarde em frente à casa, com a dupla observando o interior do terreno. Brigada Militar, Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam a ocorrência no dia do crime.
A Gazeta do Sul também foi ao local e conversou com moradores e testemunhas. Segundo um parente, que preferiu ter o nome mantido em sigilo, o companheiro da vítima, que tem antecedentes policiais, teria cometido algum tipo de crime patrimonial contra um líder do tráfico de drogas na Zona Sul da cidade e, depois disso, foi embora de ônibus para outro Estado. Em represália, o líder do tráfico, atualmente preso, teria mandado dois subordinados irem atrás dele na residência.
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A suspeita é de que os autores chegaram ao local, não encontraram o alvo inicial e atiraram contra a ex-companheira dele. Conforme a delegada Raquel Schneider, testemunhas já foram ouvidas. Os policiais também buscam imagens de câmeras de segurança que possam ajudar na identificação dos matadores. O ex-companheiro, que é pai dos filhos de Lisiane e também da criança que estava sendo gestada, foi localizado pela Deam e ouvido. Seu nome é mantido em sigilo pelas autoridades policiais.
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