Uma das mais tradicionais cooperativas do interior do Estado, a Languiru tem planos para expandir suas atividades no Vale do Rio Pardo. Com previsão de inaugurar uma nova loja no começo de novembro na BR-471, em Rio Pardo, a organização, que tem matriz em Teutônia, busca diversificar seus negócios.
Foi isso que revelou o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, durante a edição de outubro do Tá na Hora, evento promovido pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul. Na reunião-almoço ocorrida nessa segunda-feira, 17, no Hotel Águas Claras Higienópolis ele falou para convidados, empresários e dirigentes locais. Ainda destacou a importância da indústria de transformação no agronegócio como forma de geração de renda. A Languiru possui cinco unidades e já mira a sexta para 2023. A cooperativa atua com o processamento de aves, suínos e bovinos; produção de laticínios e fabricação de rações, além de manter dez supermercados, oito lojas agrocenter, dois postos de combustíveis e quatro farmácias.
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Com a nova loja de Rio Pardo, a expectativa é expandir a atuação na região, disse Bayer. Segundo ele, a intenção é utilizar a produção local e colaborar com a mudança da matriz produtiva, hoje focada no tabaco. “De forma alguma queremos concorrer com o setor de tabaco, que é muito forte e importante para a região em termos de empregos e impostos. Queremos apenas mostrar mais uma alternativa, dentro do trabalho que faz também a Afubra, por exemplo.”
Ele destacou o potencial do Vale do Rio Pardo para expandir a produção de grãos como soja e milho e ressaltou que a indústria gaúcha precisa adquirir milho de outros Estados, pagando ICMS e encarecendo o processo. Conforme o dirigente, outro exemplo é a embalagem de leite, que por não contar com indústria do tipo no Estado, acaba sendo adquirida fora.
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Bayer ainda destacou a necessidade de ampliação da competitividade da economia gaúcha na área de transformação, que sofre com a entrada de produtos de outros Estados. “O agronegócio é o pilar da economia, mas tem um potencial enorme que precisa ser descoberto. Em termos gerais, a economia brasileira está indo bem, mas tem que haver o reconhecimento da agroindústria, principalmente daquela que transforma e gera resultados. Quando exportamos commodities, geramos tudo lá fora: imposto, renda. Por que não fazer isso aqui e estimular mais?”, questionou.
O prefeito de Rio Pardo, Rogério Luiz Monteiro, também esteve em Santa Cruz para participar do evento da ACI. Ele enfatizou que a presença da Languiru com seu agrocenter vai desenvolver a cadeia leiteira da Cidade Histórica. São 29 produtores em Rio Pardo, pequenos e médios, que já fornecem o produto para a cooperativa.
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“Vai movimentar a economia do município, principalmente na questão do ICMS. Hoje, Rio Pardo tem uma produção de aproximadamente 100 mil hectares de soja, mais 10 mil de arroz e de 4 a 5 mil de milho. Queremos aumentar o cultivo do milho até para que sejamos um dos fornecedores dessa cultura para a Laguiru”, mencionou Monteiro.
Apenas em 2022, o faturamento da Languiru superou R$ 2,7 bilhões, gerando mais de R$ 220 milhões em impostos. Em infraestrutura, são R$ 125 milhões investidos apenas neste ano, o que deixou a cooperativa entre as três maiores do Estado, empregando 3,5 mil funcionários e com quase 6 mil produtores associados.
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Desde o dia 3 de dezembro de 2018, a cooperativa conta com uma unidade em Venâncio Aires. A estrutura está instalada na RSC-287, junto ao trevo de acesso ao município. No local é possível encontrar desde sementes e fertilizantes até itens relacionados à farmácia veterinária e rações para diversas espécies. Também são vendidas máquinas e implementos agrícolas, ferramentas e material hidráulico e elétrico.
O anúncio da instalação em Rio Pardo ocorreu há cerca de um ano. À época, a previsão de investimento era de R$ 12 milhões, incluindo o agrocenter junto ao trevo de acesso à cidade e a unidade de recebimento de grãos em uma área de 8 hectares na região de Rincão Del Rey.
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