O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira, 4, que o cronograma de lançamento do Pix Automático – que permite pagamentos recorrentes no instrumento sem a necessidade de autorizar cada operação – foi alterado de abril para outubro do próximo ano. “A estimativa foi ajustada por conta da complexidade do produto, do tempo necessário para o desenvolvimento dos múltiplos atores, do andamento da definição das estratégias comerciais pelas instituições participantes do Pix e de questões organizacionais do BC”, explicou a autoridade monetária.
Com o Pix Automático, os usuários poderão autorizar o pagamento automatizado de faturas recorrentes como contas de água, energia e telefone; assinaturas de internet, streaming, notícias; mensalidades de escolas, clubes, condomínios, planos de saúde; e serviços financeiros como seguros, empréstimos e consórcios.
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“Para que o produto atenda às necessidades da sociedade, estamos desenhando um produto bastante flexível, de forma a atender empresas de todos os setores e portes, negócios físicos ou digitais, com múltiplas jornadas de ativação por parte dos pagadores, conforme a necessidade da empresa”, afirmou o chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Carlos Eduardo Brandt.
O novo cronograma prevê a publicação de todo o arcabouço do Pix Automático já em dezembro deste ano. As instituições financeiras terão de janeiro a agosto de 2024 para desenvolverem seus sistemas, antes dos testes homologatórios previstos para agosto e setembro do próximo ano.
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“Após o lançamento do Pix Automático, em outubro de 2024, o BC já possui uma agenda de estudos e aperfeiçoamentos do produto prevista para releases futuras, que poderão incluir outras funcionalidades no serviço como, por exemplo, a possibilidade de portabilidade das autorizações para usar a conta de outra instituição, a definição de priorização de pagamentos programados para o mesmo dia, entre outros”, acrescentou a autarquia.
Na 20ª reunião plenária do Fórum Pix, realizada na terça-feira, 3, as instituições participantes também debateram a criação de canais de denúncia de suspeitas de fraude nos próprios aplicativos do instrumento.
Alguns bancos já oferecem essa funcionalidade, e a proposta é que em um primeiro momento isso seja uma recomendação, podendo no futuro se tornar obrigatório.
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“A ideia é tornar mais célere o processo de denúncia, maximizando as chances de recuperação de valores em eventuais fraudes”, explicou a assessora sênior no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC, Mayara Yano. “Algumas instituições já ofertam tal funcionalidade, mas queremos que seja implementado de forma mais ampla e com uma jornada minimamente padronizada, uma vez que canais digitais ofertam uma jornada mais conveniente aos usuários que as centrais de atendimento telefônico”, completou.
O Fórum Pix também debateu o aperfeiçoamento do procedimento operacional para comunicação aos titulares de dados pessoais em casos de vazamento, a definição de critérios objetivos sobre a responsabilidade dos participantes no gerenciamento do risco de fraude, a possibilidade de cadastro obrigatório de dispositivo para a realização das transações Pix, entre outros.
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