O mês de abril fecha com pouca incidência de chuva em Santa Cruz do Sul. Dados da estação de meteorologia da Gazeta Grupo de Comunicações apontam que a instabilidade na região central acumulou apenas 34 milímetros nos últimos 30 dias. O volume é bem abaixo da média histórica prevista para o quarto mês do ano, que é de 113 milímetros. O Lago Prefeito Telmo Kirst, por exemplo, já apresenta considerável nível abaixo da média.
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Na prática, é o oitavo mês consecutivo com reflexos da estiagem. A última vez que choveu acima do esperado em Santa Cruz foi em agosto do ano passado. Desde então, as precipitações estão irregulares. Em um ano normal, entre setembro e abril, a chuva prevista seria de 1.166 milímetros. Nos últimos oito meses, ela atingiu somente 533 milímetros. Isso equivale a 633 litros de água a menos em cada metro quadrado de solo.
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Os dados de abril consolidam o mês como o menos chuvoso durante o atual período de estiagem. Nem no auge do verão houve tão pouca precipitação no Centro de Santa Cruz. No interior, a situação não é diferente. Pelo menos 160 famílias seguem sendo atendidas por três caminhões-pipa fornecidos pela Prefeitura, devido à falta de água.
Conforme dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, as localidades de São Martinho, Rio Pardinho, Alto Paredão, Linha Antão, Linha Vitorino Monteiro e Linha Singler, que foram severamente atingidas pela estiagem, são as que mais solicitam o serviço. “Só em abril, abrimos cerca de 20 aguadas e melhoramos dez açudes. Temos mais 40 novos pedidos de abertura de aguadas e açudes. Ainda continua muito crítica a questão da seca no nosso interior”, comentou o secretário municipal de Agricultura, Décio Hochscheidt.
Apesar do cenário grave, a boa notícia é de que o La Niña, que resfriou as águas do Oceano Pacífico e reduziu a chuva no Estado, chegou ao fim. A tendência para o segundo semestre é de ocorrência de El Niño. Com o aquecimento do oceano, pode haver mais chuva para o Rio Grande do Sul. As últimas previsões de institutos internacionais de meteorologia apontam para um fenômeno que pode ser de forte intensidade.
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Em todos os anos de Super El Niño, ocorreram consequências graves, como excesso de chuva e enchentes, algumas catastróficas. O Centro e o Nordeste da Argentina, o Uruguai, o Sul do Brasil e o Paraguai sofreram com períodos muito chuvosos e tempestades severas durante o Super El Niño.
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