O Lago Dourado, responsável pelo abastecimento de água em Santa Cruz do Sul, junto com o Rio Pardinho, opera com 90% da capacidade. A informação foi confirmada pelo superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), José Roberto Epstein, que concedeu entrevista ao Estúdio Interativo da Rádio Gazeta 107,9 FM na manhã dessa segunda-feira, 16. Atualmente, o Lago está com 4,47 metros de nível – o normal são 4,88 metros. No mesmo período do ano passado, estava em 4,58.
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Segundo Epstein, o reservatório tem demonstrado um comportamento satisfatório nos últimos tempos. “No momento, encontra-se 40 centímetros abaixo do seu nível máximo. É uma condição bem tranquila para o período, comparado a outros anos ou outras regiões do Estado. Esse resultado não traz nenhum tipo de preocupação ou alerta com o nível do Lago.”
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Um terço do volume diário retirado do manancial é usado no processo de tratamento e o restante é afetado pela infiltração e a evaporação, reflexo das altas temperaturas. “Observamos um decréscimo maior da água em relação àqueles dias em que temos uma temperatura mais amena”, comentou.
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Apesar de o Lago Dourado estar em uma situação estável, no Rio Pardinho o cenário é diferente. Em função do baixo nível apresentado nas últimas semanas, a captação para o lago não está sendo realizada desde dezembro. “Mesmo com as últimas chuvas, ele não apresentou condições de se fazer uma nova captação. Hoje, o abastecimento está sendo feito exclusivamente pelo Lago Dourado”, confirmou o superintendente.
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Venâncio Aires: O Arroio Castelhano, que abastece o município de Venâncio Aires, estava em crise hídrica nas últimas semanas, mas foi recuperado parcialmente depois da última chuva. Segundo Epstein, a Corsan pretende buscar uma alternativa para o abastecimento da cidade – seja uma nova barragem ou captação – até 2025. O estudo está previsto para ser entregue até o segundo semestre deste ano, para que em 2024 seja feita a contratação para execução.
Rio Pardo: No caso de Rio Pardo, não há risco de desabastecimento em razão de bombas de pré-recalque colocadas em pontos mais profundos do Rio Jacuí. “Nós instalamos equipamentos no ponto mais profundo, recalcando para dentro da nossa câmara de captação. É uma situação que deixa um pouco mais confortável por conta da condição do Jacuí”, assegurou.
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Candelária: Candelária é abastecida pelo Rio Pardo, que tem encontro com o Rio Jacuí. “Sempre trabalhamos com segurança máxima no abastecimento público, principalmente em relação aos mananciais de captação de água doce. Adotamos nos últimos dois anos o barramento e isso será recomposto e até ampliado, para que possamos manter um nível de segurança no Rio Pardo. Portanto, neste momento, não há nenhum risco”, esclareceu o superintendente.
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Passa Sete: A Secretaria de Obras de Passa Sete suspendeu o abastecimento de água nas propriedades, pois o tanque para o transporte apresentou rachadura e foi para conserto. O secretário Elói Kipper prevê o retorno do serviço para amanhã. O município está em situação de emergência desde quinta-feira, em consequência da escassez de chuva. Até o momento, 72 famílias recebem ajuda no abastecimento com o caminhão-pipa.
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A capacidade de operação da estação de tratamento gira em torno de 600 litros por segundo, conforme José Roberto Epstein. “Isso foi possível em função de um investimento que fizemos na ampliação da capacidade de produção. Agora estamos operando, pela demanda que vem da cidade, entre 530 e 560 litros por segundo, dependendo do dia.” Em 2020, em uma das maiores crises hídricas, a medição ficava entre 180 e 200 litros por segundo.
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A recarga do Lago é realizada por uma adutora de 900 milímetros, que chega até o local por meio da barragem de nível que há no Rio Pardinho. Segundo o superintendente, o plano municipal prevê a ampliação da adutora. “No fim de 2022 estávamos fazendo uma sondagem da área, inclusive. Mas até que seja feita a ampliação, nós realizamos um pré-recalque. Como paramos de captar em dezembro, tivemos redução de 10% do nível nesse quase um mês de operação do Lago exclusivamente, então essa é a estratégia que temos tomado para manter o abastecimento de Santa Cruz da forma mais segura possível.”
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Ainda segundo Epstein, mesmo com situações críticas de estiagem, o Lago Dourado teria de quatro a cinco meses de abastecimento de segurança no município. “O cenário ainda é preocupante. Tivemos chuvas, mas elas foram concentradas em alguns pontos. Ficamos sempre atentos, porque essas instabilidades têm previsão de continuarem assim no verão e nós vamos trabalhar com um cenário mais crítico. Entretanto, temos plena garantia de continuar o abastecimento de Santa Cruz”, garantiu Epstein.
Colaborou Ronaldo Falkenback
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