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Ladrões abatem animais dentro das propriedades das vítimas em Albardão

Uma sequência de casos de abigeato (furto de animais) vem assustando moradores de Albardão, interior de Rio Pardo. Somente na madrugada de dessa segunda-feira, 21, duas propriedades da localidade foram invadidas por criminosos, que abateram o gado no local, deixando apenas as carcaças dos animais e suas cabeças, patas e vísceras.

Dono de uma chácara em uma propriedade de quatro hectares em Albardão, o santa-cruzense João Gabriel dos Santos, de 49 anos, foi avisado por uma vizinha que um de seus quatro terneiros havia sido alvo dos criminosos. Na mesma madrugada, a moradora também teve uma de suas ovelhas abatida pelos ladrões.

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“Ela me ligou por volta das 8 horas e me contou que estava dando falta de um dos meus bichos. Quando cheguei lá, por volta das 10h15, vi rastros suspeitos e encontrei os restos do meu terneiro jogados a uns 300 metros da casa, junto a uma propriedade vizinha”, disse o morador do Bairro Pedreira.

Segundo ele, o animal, de cerca de 200 quilos, tinha um ano e sete meses. Estima-se que 120 quilos de carne foram levados pelos criminosos somente do terneiro de João Gabriel.

“É revoltante criarmos os animais para serem levados desse jeito por bandidos.” O crime foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul.

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Carne levada da charrete

Informações dão conta de que dois homens seriam os autores dos casos de abigeato nas propriedades de João Gabriel e de sua vizinha. A reportagem da Gazeta do Sul apurou que uma testemunha, que procurou uma das vítimas, viu os indivíduos em atitude suspeita em uma charrete, na qual supostamente teriam transportado a carne.

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Delegado Faturi: recorrente

Segundo o titular da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Cruz do Sul, Marcelo Chiara, na região de Santa Cruz, onde a ocorrência foi registrada, o abigeato não é um crime comum. Quando ele ocorre, configura-se no furto dos animais ainda vivos para serem abatidos em outros locais.

A característica muda quando se trata do mesmo crime sendo praticado em Rio Pardo. De acordo com o delegado do município, Anderson Faturi, esse crime é recorrente no interior e a média de ocorrências varia de três a quatro por mês. “Geralmente levam de uma a duas cabeças de gado. Os animais são abatidos, na maioria dos casos, no próprio local”, comentou Faturi.

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