Das chuvas excessivas no último ano para um período mais seco. É isso que sinalizam os especialistas para o período de agosto a outubro de 2016. A situação é explicada pela transição do fenômeno El Niño – marcado no último ano pela alta incidência de precipitações – para o La Niña, que começa a se configurar. Embora a intensidade dos efeitos ainda seja hipotética e incerta, o setor agrícola já deve começar a se preparar.
De acordo com a meteorologista Stefanía Dalmolin da Silva, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o El Niño de 2015/2016 foi caracterizado como o terceiro maior evento do tipo já ocorrido. A tendência, conforme a meteorologista, é de configuração do fenômeno La Niña para o trimestre agosto/setembro/outubro. Stefanía argumenta que se isso ocorrer espera-se precipitação abaixo da normal no Estado durante a primavera e o verão. “Para configuração do fenômeno La Niña é necessário, principalmente, anomalia da temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial com valores abaixo de -0,5 grau durante um período mínimo de cinco meses consecutivos”, descreve.
Culturas agrícolas podem sofrer efeitos negativos
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A expectativa de chuva abaixo da média preocupa entidades que assistem os produtores rurais. De acordo com o engenheiro agrônomo Assilo Martins Corrêa Junior, chefe do Escritório da Emater-RS/Ascar, isso pode influenciar negativamente todas as culturas agrícolas. “A distribuição das precipitações também nos deixa apreensivos. Ela afeta, principalmente, culturas como a da soja e do milho. A perda é ainda maior se faltar água no florescimento ou no enchimento dos grãos.”
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