Justiça ouve réus do caso Pronaf no fim do mês

Os 14 réus do caso de fraude no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar vão prestar depoimento no fim de junho, em audiências organizadas pela Justiça Federal. O processo foi iniciado pelo Ministério Público Federal em outubro de 2019. A ação tramita na 7ª Vara Federal em Porto Alegre, em segredo de Justiça.

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A fase de instrução começou no primeiro semestre do ano passado. Na época, foram ouvidos os depoimentos das testemunhas de acusação. Já o término das oitivas das testemunhas de defesa ocorreu em março. Ao todo, mais de 100 pessoas prestaram depoimento.

A próxima etapa envolve os interrogatórios dos réus. Eles começam a falar a partir do dia 26, e essa fase deve ser concluída até o dia 29. Os primeiros a prestarem depoimento são o ex-vereador de Santa Cruz e ex-coordenador do MPA, Wilson Rabuske, e o ex-vereador de Sinimbu, Maiquel Raenke, que também atuava no MPA. Entre os réus, estão ainda outras quatro pessoas ligadas ao MPA e oito servidores do Banco do Brasil.

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A fase seguinte envolve as alegações finais. A data do julgamento ainda não está definida. A fraude foi descoberta pela Operação Colono da Polícia Federal em 2015. A denúncia aponta que recursos do Pronaf foram desviados de contas de agricultores por pessoas ligadas à Associação Santa-cruzense de Pequenos Agricultores Camponeses. Funcionários do Banco do Brasil teriam colaborado com a fraude.

O número de vítimas na região chega a 5.744, enquanto os desvios totalizariam quase R$ 10 milhões. Os réus são acusados de crimes contra o sistema financeiro nacional, o que inclui gestão fraudulenta e violação de sigilo. O grupo ligado ao MPA ainda é acusado de associação criminosa.

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