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Justiça determina prisão preventiva de assassina do marido

Arma usada no assassinato do bombeiro João Arlem Lopes dos Santos, em 6 de janeiro, foi apreendida | Foto: Divulgação

O primeiro caso de homicídio em Rio Pardo neste ano chamou a atenção pela brutalidade. O bombeiro João Arlem Lopes dos Santos, de 55 anos, foi morto com cinco disparos de pistola efetuados pela sua esposa, Elisabeth Limas Estigarribia, de 59 anos. O caso aconteceu por volta das 11h30 da última sexta-feira, na residência de campo do casal, na localidade de Volta Grande. Diante dos elementos colhidos pela perícia na cena do crime, a Delegacia de Polícia (DP) de Rio Pardo autuou Elisabeth em flagrante.

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A Justiça, por sua vez, não apenas homologou o flagrante, como determinou a prisão preventiva da mulher. Embora tenha confessado os disparos, ela alegou em depoimento que foram acidentais e em legítima defesa. No entanto, o relato não convenceu o juiz Maurício Frantz. Entre as peculiaridades do caso, levadas em conta pelo magistrado para homologar o flagrante e deferir a preventiva, está que as alegações de Elisabeth não encontram respaldo nos elementos colhidos nos autos.

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“Houve quatro disparos de arma de fogo que atingiram a vítima em regiões vitais do corpo, sendo dois na região torácica e um na cabeça, além de um tiro no ombro, o que não se coaduna com a ideia de que a vítima foi atingida acidentalmente”, disse o juiz em despacho. Outro fator que chamou a atenção foi o intervalo entre uma primeira sequência de tiros e, passados alguns instantes, outro momento de disparos.

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“É pouco razoável que tenha se tratado de um acidente, pois, se assim o fosse, a flagrada teria largado imediatamente a arma de fogo já no primeiro ou segundo disparos”, salientou o juiz, enfraquecendo uma das teses de defesa. Por fim, ainda chamou a atenção o fato de terem sido encontradas na bolsa de Elisabeth uma espécie de “oração” ou “simpatia” e uma fotografia rasgada da vítima, evidenciando que a autora do crime nutria algum sentimento amoroso obsessivo pelo companheiro.

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Esse fato, somado aos demais elementos referidos (conhecimento do manuseio de arma de fogo, realização de vários disparos, com algum intervalo de tempo, em regiões vitais do corpo), torna a alegação de que houve um acidente um argumento pouco convincente na visão do juiz. “Não é preciso muito esforço argumentativo para justificar a gravidade em abstrato do crime de homicídio, porém, mais do que isso, houve gravidade concreta na conduta da flagrada, justificadora da prisão preventiva”, finalizou o juiz Maurício Frantz. Elisabeth Limas Estigarribia continua presa no Presídio Feminino Estadual de Rio Pardo.

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