ATUALIZADO ÀS 10H50
Preso na última sexta-feira, 27, após a Polícia Civil encontrar 36 armas de uso restrito na casa que residia, Jerônimo Jardim Lopes, de 26 anos, seguirá detido no Presídio Regional de Santa Cruz. Em audiência de custódia que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 30, no Fórum do município, o juiz Assis Leandro Machado, da 2ª Vara Criminal, decidiu manter o estudante de Engenharia Civil preso preventivamente.
Na audiência, o preso foi ouvido e, quando questionado, alegou ter sido respeitado pela Polícia Civil no momento da apreensão. Em seguida, a defesa, feita pelo advogado, de Cachoeira do Sul, Lino Marcelo Vidal Munhoz, pediu o relaxamento da prisão. Já o Ministério Público, representado pelo promotor Jeferson Dall’Agnol, se manifestou pela prisão preventiva, o que foi acatado pelo juiz.
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Ao fim da sessão, a decisão foi criticada pelo advogado. “Eu lastimo. Eu acredito, embora não me caiba aqui questionar, que a decisão não foi jurídica. Todas as circunstâncias jurídicas determinavam a soltura. No meu ponto de vista, a decisão se fundou no fato que está muito novo, a repercussão foi grande”, comentou.
Para Munhoz, a soltura de Jerônimo não iria causar intranquilidade à ordem pública. “Dizer que ele tem que estar preso pra cautelar a ordem pública? Alguém que não tem um arranhão em seu passado? Não acredito”, criticou.
Com o acusado preso, a Polícia Civil terá dez dias para concluir o inquérito e enviar ao Ministério Público que irá apresentar a denúncia. “Serão investigadas outras questões pelas autoridades policiais, como o envolvimento dele com a organização criminosa. Não tem como dizer ainda o que vai ser a denúncia, porque pode abranger outras questões criminosas que a gente não sabe ainda”, explicou o promotor.
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A prisão de Jerônimo foi a primeira do Brasil enquadrada na nova lei dos crimes hediondos – a qual foi sancionada na quinta-feira, 26, pelo presidente Michel Temer e publicada no Diário Oficial da União já na sexta.
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