Polícia

Justiça converte em preventiva prisão dos três capturados em operação

A série de evidências apuradas pela Polícia Civil de Rio Pardo durante a operação PSJ, deflagrada na última sexta-feira, 18, convenceu o Poder Judiciário a converter para preventiva as prisões em flagrante das três pessoas capturadas na ofensiva. A investigação de cerca de dois anos mirou uma célula da facção Os Manos que domina o comércio de entorpecentes na região do Bairro Parque São Jorge.

Na operação PSJ, 48 policiais civis de Rio Pardo e cidades da região cumpriram 12 mandados de busca e apreensão. Além dos três capturados, houve a apreensão de armas, munições, maconha, cocaína, quase R$ 10 mil em dinheiro e um sistema de câmeras de videomonitoramento. Duas juízas analisaram as postulações das prisões preventivas pelo Ministério Público.

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A magistrada Magali Wickert de Oliveira, titular da 1ª Vara Judicial da cidade, avaliou os casos do homem de 27 anos e da mulher de 45. Ambos foram presos na mesma residência, na Rua Canadá, no Bairro Parque São Jorge. À Polícia Civil, a dupla reservou-se o direito de permanecer em silêncio e falar somente na fase judicial do processo.

Ele, conhecido pelo apelido de Coca-Cola, foi condenado por roubo em 12 de março de 2018, mas cumpria pena restritiva de liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica. Contudo, havia rompido o equipamento e encontrava-se foragido da Justiça quando foi flagrado pelos policiais na operação. Já a mulher é apontada pela Polícia Civil como a líder do grupo criminoso com base no Bairro Parque São Jorge. Na casa dela, foram encontradas porções de maconha.

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Em seu despacho, a juíza Magali detalhou que decretaria a prisão da mulher em virtude da gravidade do delito de tráfico e pela considerável quantidade de droga apreendida. Já para o homem, a magistrada explicou que a preventiva remete ao objetivo de evitar a reiteração criminosa, uma vez que ele já havia sido condenado por roubo e estava foragido.

Pessoas se tornam “escravos” do entorpecente, diz juíza

O caso da mulher de 39 anos, apontada pela Polícia Civil como a guardiã das armas do grupo criminoso investigado, foi analisado pela juíza Cleusa Maria Ludwig, titular da 2ª Vara Judicial de Rio Pardo. Na casa da presa, também na Rua Canadá, onde a líder do bando foi presa, porém mais à frente na via, foram localizadas uma pistola calibre 9 milímetros da marca Girsan, com a numeração raspada; um revólver prateado calibre 32, também com numeração raspada; seis buchas de cocaína e 200 petecas menores da mesma droga, além de munições de vários calibres.

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No despacho, a magistrada salientou a importância de converter as prisões em preventiva. “O delito de tráfico de entorpecentes, em princípio, praticado pela flagrada, é um dos crimes mais graves que ocorrem em nossa comunidade. Gravidade essa, verificada pela imensa gama de pessoas que se tornam ‘escravos’ do entorpecente, por ser a droga um produto que vicia os seus usuários facilmente”, salientou.

“Deixar em liberdade provisória alguém apanhado em flagrante, neste caso significa oferecer grandes possibilidades para que o crime continue a acontecer nas mesmas condições em que antes se desenvolvia”, complementou a juíza Cleusa. Os nomes dos indiciados foram mantidos em sigilo pelas autoridades. A investigação segue com a quebra de sigilo telefônico dos celulares apreendidos com os investigados, que podem revelar detalhes de como a facção Os Manos agia.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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