Um advogado foi condenado a pagar indenização de R$ 4 mil a um médico que atua no Hospital Santa Cruz (HSC) em razão de um caso ocorrido na metade de 2021. Segundo a decisão do Juizado Especial Cível do município, ainda cabe recurso.

A situação que deu origem ao processo foi registrada durante um atendimento realizado no dia 1º de junho, por volta das 13h30. O médico estava na sala vermelha do Setor de Emergência do hospital, um ambiente restrito a profissionais e pacientes em atendimento, quando foi surpreendido pelo advogado. O homem entrou no local e disse ao plantonista que atendia sua mãe que, se acontecesse algo de mais grave com a paciente, ele seria morto.

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Em seguida, o advogado teria continuado com as ameaças, falando em voz alta, dizendo que iria “arrebentar e quebrar” o médico “a pau”. Depois, ele teria se aproximado do funcionário do hospital para tentar agredi-lo, o que fez com que a segurança privada da instituição fosse acionada. Um agente teria tentado retirar o advogado da sala, mas não conseguiu.

Em meio à situação, o acusado teria tentado partir para cima da vítima. Nessa hora, o segurança interveio e o conteve, colocando-o no chão. Foi quando o advogado passou a agredir o vigilante. Esse fato foi registrado pelas câmeras no local, e os vídeos de toda a confusão foram juntados ao processo. O tumulto fez com que todos os profissionais da sala acabassem por se deslocar até o corredor.

A defesa do médico afirmou que, apesar de o processo ainda permitir recurso, a decisão proferida em primeiro grau “foi uma grande vitória, no sentido de comprovar os fatos ocorridos e demonstrar que é completamente inconcebível a violação dos direitos dos profissionais da saúde que arduamente sofrem inúmeros casos de abusos e desrespeitos em hospitais e postos de saúde, com desacatos, ameaças e agressões”.

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Além da esfera cível, existe um processo em andamento na área criminal. O advogado foi denunciado pelo Ministério Público por ameaça, perturbação do trabalho alheio e vias de fato, esta contra um segurança da casa de saúde. Os mesmos crimes foram aplicados na denúncia para a irmã dele, que também teria participado desse fato. A denúncia foi confirmada pelo MP, que manteve os nomes e idades dos envolvidos em sigilo.

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