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Júri por assassinato em hospital ocorre nesta quarta-feira

Pouco mais de dois anos após um crime que chocou a região, Júlio César Kunz, de 37 anos, irá a júri popular amanhã pelo assassinato da ex-mulher. Miriam Roselene Gabe, de 33 anos, foi morta a tiros em frente ao Hospital São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, em março de 2015. A vítima estava na casa de saúde em busca de atendimento após ter sido agredida pelo ex. Um vigilante ainda foi baleado na mesma ação, gravada por câmeras do hospital. 

Miriam e o rapaz que era seu namorado teriam sido agredidos por Kunz cerca de uma hora antes de ela ser assassinada. Por causa das agressões, ela tinha procurado a polícia. Como estava ferida, foi orientada a primeiro buscar socorro médico. Mais tarde, os dois pretendiam retornar à Polícia Civil para então registrar a ocorrência. 

No momento em que o namorado de Miriam foi buscar o carro para que ela embarcasse, Kunz teria ingressado no hospital rapidamente. O mecânico também baleou no abdome um segurança do local, de 44 anos, que tentou impedir a sua entrada. Miriam foi arrastada pelo ex-companheiro e levada para fora do hospital. Ela conseguiu se desvencilhar momentaneamente, mas caiu no chão e acabou sendo alvejada por uma sequência de disparos. 

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Logo após o crime, Kunz teria fugido de carro. No outro dia, ele se entregou na Delegacia de Polícia de Venâncio Aires. Desde então, permanece preso. Durante o julgamento amanhã, cinco testemunhas do crime devem ser ouvidas. O réu também vai depor. A sessão, presidida pelo juiz João Francisco Goulart Borges, tem início previsto para as 9 horas no Fórum de Venâncio Aires. A acusação será feita pelo promotor público Pedro Rui da Fontoura Porto. Já a defesa do réu vai estar a cargo do advogado Carlos Heitor de Azeredo.  


Miriam Gabe, 33 anos.

A vítima

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Miriam Gabe, 33 anos, nasceu e cresceu em Monte Alverne, interior de Santa Cruz do Sul. Ela residiu em Venâncio Aires, no entanto, por 15 anos. No município, trabalhava em um escritório de contabilidade. Era mãe de um menino, fruto da união com o ex-marido. 

Miriam manteve o relacionamento com Kunz por cerca de uma década. Quando o crime aconteceu, eles já estavam separados há um ano. Ela e o filho viviam em um apartamento no Centro de Venâncio Aires.

O julgamento

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A sala destinada às audiências no Fórum de Venâncio Aires tem capacidade para 60 pessoas. Por isso, senhas deverão ser distribuídas conforme a ordem de chegada. Metade dessas senhas já foi fornecida à defesa, à acusação e para a Unisc repassar aos estudantes de Direito. Devido ao número de testetemunhas que serão ouvidas, a previsão é de que a sessão se estenda até o fim do dia.

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