Pela terceira vez consecutiva foi adiado o julgamento relativo ao assassinato do empresário do setor de transportes, Ediér Antônio Bernardini, crime ocorrido há mais de sete anos, em Agudo. O júri estava marcado para a manhã desta sexta-feira, 31, no Fórum de Agudo. Porém, o advogado titular da ré não compareceu e o substituto, indicado pela próprio Justiça, alegou motivos de foro íntimo para renunciar à defesa.
O juiz Jonathan Cassou dos Santos cancelou o júri em função da impossibilidade de defesa da acusada, que também não compareceu, mas seria julgada por meio de seu representante. Nas duas vezes anteriores, em outubro e em novembro de 2019, as sessões foram adiadas por situações semelhantes, envolvendo falta e abandono por parte da defesa e da ré.
O advogado assistente da acusação, Jorge Pohlmann, que atua junto com o Ministério Público, lamentou o novo adiamento do júri, mas disse respeitar o ritual processual. “O advogado, que até as 2 horas da manhã postava em redes sociais que representaria a ré na sessão, chega na cidade de Agudo e pouco antes do júri protocola um pedido de renúncia entendendo que não se sente à vontade na realização e na defesa da ré e pede segredo de Justiça. O sentimento é de frustração”, comenta Pohlmann.
Publicidade
A ré Rosângela Lipke – acusada de ser mandante do crime do empresário que tinha 56 anos na época e foi torturado e morto em setembro de 2012 – está grávida e alegou que não poderia comparecer por problemas de saúde.
No próximo júri, Rosângela deverá ser julgada junto com o outro réu do caso, Valter André da Silva, que também é acusado pelo crime. O processo havia sido separado porque o advogado dele estava hospitalizado devido a uma cirurgia e não poderia comparecer nesta sexta-feira. Além dos dois, Diones Crumenauer dos Santos e Gelson da Silva Grigolo também são acusados, mas serão julgados separadamente porque ficaram foragidos e só foram encontrados mais tarde.
LEIA MAIS: Dois acusados pela morte de empresário vão a julgamento
Publicidade