Em 12 horas de julgamento, os sete jurados – cinco mulheres e dois homens – decidiram pela condenação de um dos acusados pela morte do empresário Belmir Lovatto, conhecido como Gringo. A sessão iniciou às 9h30 desta sexta-feira, 17, e terminou por volta das 21h45, no Fórum de Candelária. Igor de Oliveira Andrade, de 26 anos, que confessou ter atirado contra a vítima em 26 de abril de 2021 foi condenado a 13 anos de prisão. A sentença foi lida pelo juiz Celso Roberto Mernack Fialho Fagundes.
O outro acusado pelo crime, Sidirclei dos Santos Lopes, de 27 anos, apontado pela investigação como comparsa de Andrade, de modo que teria auxiliado na fuga do atirador, foi absolvido. Em depoimento nesta sexta-feira, o autor confesso do homicídio afirmou que Lopes não teve qualquer envolvimento no assassinato e que, para fugir do local, apenas contratou uma corrida dele – o acusado atuava como “uber”.
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Os advogados de defesa Guilherme de Souza Centeno e José Vargas Lisboa afirmaram que não havia provas contundentes contra os dois acusados. Além disso, alegaram que a investigação realizada pela Polícia Civil e aceita pelo Ministério Público (MP) não teria seguido ritos de imparcialidade e, por isso, pediram a absolvição dos réus.
O júri entendeu que Andrade é inocente, mas Lopes voltou ao Presídio Estadual de Candelária, onde estava preso desde maio de 2021. Conforme sentença do juiz, o regime deve ser inicialmente fechado. O promotor de Justiça Martin Jora, responsável pela acusação, afirmou que vai recorrer da decisão. Ele ainda não confirmou, no entanto, se apresentará recurso somente em relação à absolvição ou também em relação à pena do condenado.
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Motivo do crime
Igor de Oliveira Andrade falou, durante o julgamento, por volta das 11 horas desta sexta-feira. Antes dele, três testemunhas foram ouvidas. O réu confessou ter atirado na vítima. Ao narrar o episódio, ele disse que havia pego dinheiro emprestado do empresário Belmir Lovatto. No dia do crime, Andrade teria ido pagar parte do empréstimo, mas a vítima queria todo o valor e ameaçou-o com uma arma.
“Ele disse que não custava matar mais um”, relatou, fazendo menção à morte de Hildor Durrewald, ocorrida pouco mais de um mês antes, cujo autor confesso foi Lovatto. Andrade disse que costumava andar armado, pois havia sido alvo de duas tentativas de homicídio anteriormente. Frente às ameaças do empresário, ele, então, sacou o revólver e atirou em Lovatto. O réu ainda afirmou que os dois costumavam negociar armas de caça.
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