O músico gaúcho Flávio Basso, também conhecido como Júpiter Maçã, morreu na tarde desta segunda (21), em Porto Alegre, aos 47 anos. A causa da morte não foi informada. Basso também passava por tratamento contra a cirrose e complicações decorrentes do uso de drogas.
Mumu Bortholuzzi, dono de um pub-estúdio na capital gaúcha onde Basso vinha ensaiando nos últimos dias, disse à reportagem que recebeu uma ligação por volta das 15h40 de um amigo com quem o músico vinha dividindo o apartamento. “Ninguém soube informar direito a causa”, disse Bortholuzzi. “A gente achou que podia ser mais uma viagem dele, uma coisa meio David Bowie de dizer que estava morto e depois reaparecer, mas a morte foi confirmada pelo Instituto Médico Legal”.
O corpo de Basso está no Departamento Médico-Legal de Porto Alegre. “Acho que ele morreu de descaso, de falta de chance. Morreu de rock. Desde que ele tinha 17 anos, tentei ajudar de várias formas, mas via que não tinha jeito”, diz Cida Pimentel, produtora cultural e amiga do músico.
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Ela destaca ainda que Basso sofria de alcoolismo e que tentou se tratar várias vezes, mas sem sucesso. “Era um puta poeta, que morreu muito abandonado”. Segundo Cida, Flávio Basso passou mal depois de um ensaio.
Em 2012, Júpiter chegou a sofrer um acidente ao cair da janela do apartamento em que morava.
ROCK UNDERGROUND
Basso integrou as bandas de rock TNT e Cascavelles, referências importantes no rock gaúcho. Em 1997, lançou seu primeiro disco solo, “A Sétima Efervescência”, inspirado no rock psicodélico da primeira fase do Pink Floyd.
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Com o nome de Júpiter Apple também chegou a compor em inglês e fazer experimentos musicais com elementos de bossa nova e tropicalismo. Entre suas músicas mais famosas estão “Um Lugar do Caralho”, “Eu e Minha Ex”, “Modern Kid” e “Miss Lexotan 6mg”.
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