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CAMPANHA

Junho Laranja: Mês de informação e prevenção sobre a saúde do sangue

Foto: Freepik

Neste mês de junho ocorre a campanha que dirige-se à informação e prevenção sobre a saúde do sangue. O mês traz, em principal destaque, duas das condições mais frequentes relacionadas ao sistema sanguíneo: a anemia e a leucemia. Explanando sobre o tema, falou com a Gazeta Sobradinho nesta quarta-feira, 22 de julho, durante o Programa Giro Regional, a hematologista e oncologista de Santa Cruz do Sul, Bruna Fischer.

Assim como em outros cânceres, o primeiro diagnóstico muitas vezes pode ser dado pela própria pessoa. No caso da saúde do sangue não é diferente. Conforme Bruna, é de suma importância cada um conhecer seu próprio corpo, atento às possíveis alterações que o mesmo apresenta. “Consideramos que a pessoa tem que se conhecer. Algumas coisas ela mesma pode notar. Para doenças no sangue, pode-se não ter algum exame que façamos corriqueiramente. Costumamos fazer um hemograma, conforme orientação médica. Mas em algumas situações, os sintomas podem ser mais agudos. Exigindo uma atenção imediata, pois não tem um exame que possa nos dizer o que pode acontecer. Estamos todos suscetíveis à essas doenças, então é muito importante que a gente se conheça”, salienta.

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Quanto aos sintomas de possíveis doenças sanguíneas, Bruna explica que no sangue existem glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, onde algumas manifestações de certas doenças tem haver com a queda desses glóbulos. “A gente pode ter sintomas como manchas no corpo, hemorragias na boca e no nariz. São coisas que acontecem de uma hora para a outra. As pessoas tem que saber que aquilo pode não ser normal para ela. Em alguns casos, também pode haver um aumento das ínguas no corpo. Também são coisas que podem significar uma doença no sangue. Nem sempre, mas podem. A pessoa precisa estar atenta quando surgir uma íngua que ela não tinha antes, como na axila, na virilha ou no pescoço. Ela deve realmente dar uma atenção para este sinal, e aí procurar um médico”, destaca.

O que leva ao comprometimento da saúde do sangue, como aponta Bruna, tem haver com uma produção ruim da medula óssea, que é a fábrica de sangue do ser humano, além do adoecimento de algumas células presentes no sangue. “A medula pode já estar mostrando os primeiros sinais de cansaço, começando a produzir menos. A pessoa passa a ficar anêmica. Isso pode se transformar em uma leucemia”. No entanto, a oncologista destaca que há diversas anemias, como por exemplo da criança, por falta de ferro, ou por conta de uma alimentação inadequada. “Estas anemias geralmente não se transformam em leucemia. Ainda pode ser uma anemia grave, por conta da criança estar muito debilitada de ferro. Mas suplementando ela fica muito bem. São coisas diferentes, mas de qualquer forma, todo caso deve ser avaliado por um especialista”, aponta.

Quanto as atuais e modernas formas de tratamento para estas doenças, Bruna ressalta que houve um avanço bastante grande nos últimos anos. “Quanto a leucemia, temos uma série de tratamentos novos. Existem leucemias agudas que prejudicam as células mais jovens, e que são extremamente rápidas e agressivas. Essas leucemias geralmente são tratadas com quimioterapia. O transplante pode ser usado quando a doença é mais resistente, ou quando ela volta. O mesmo consiste na substituição da célula mãe que está doente, por uma outra de um doador saudável. Quanto as leucemias crônicas, a gente tem um tipo diferente, que é mais lenta. Há remédios novos e muito eficazes. Hoje um paciente com leucemia crônica, normalmente não vai para o transplante. Existem outros métodos, além de medicamentos orais extremamente eficazes, onde o paciente pode viver muito bem com essas medicações. A gente também tem os linfomas, que também costumam responder bem à quimioterapia em uma forma geral, e normalmente não precisam usar o transplante. Atualmente o transplante é reservado para alguns casos de leucemia aguda, que não foram muito bem com o primeiro tratamento”, conclui Bruna.

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Visando divulgar a importância da prevenção aos diferente tipos de câncer, a Liga Feminina de Combate ao Câncer, em parceria com a Gazeta Sobradinho, trará a cada mês, de acordo com a cor da campanha, um especialista que explanará sobre cada câncer destacado.

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