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CARREIRA

Juliano Zuege assume como o novo líder da fábrica de cigarros da JTI

Foto: Rafaelly Machado

Zuege encontra-se à frente da fábrica de cigarros da JTI desde o início do mês passado

De volta às origens, Juliano Zuege é o novo líder da fábrica de cigarros da JTI em Santa Cruz do Sul. Nascido no município, ele consolidou uma carreira internacional, realizando um sonho alimentado desde a adolescência. “Eu sempre quis viajar e trabalhar fora, mas não sabia muito bem como fazer isso”, relembrou, ao receber a equipe do Portal Gaz para um tour na unidade, a primeira da América do Sul. Formado em escola pública, na Willy Carlos Fröhlich, o Polivalente, o primeiro passo para alcançar o objetivo foi aperfeiçoar o inglês. Depois, agarrou cada oportunidade que surgiu.

Zuege iniciou no mercado de trabalho aos 18 anos. Em 2009, passou a integrar o quadro de colaboradores da JTI, após a empresa em que trabalhava antes ser incorporada pela multinacional. No início foi gerente de Meio Ambiente, Sustentabilidade, Saúde e Segurança na unidade de processamento de tabaco.

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Em 2017, foi morar na Turquia e se tornou líder regional da região formada por África, Turquia e Oriente Médio, na mesma área de atuação. Dois anos depois, acumulou a função de liderar o setor de Meio Ambiente, Sustentabilidade, Saúde e Segurança na terceira maior fábrica da JTI no mundo, na Turquia. Durante a pandemia, em 2021, Zuege se tornou líder global da JTI, gerenciando a área de Meio Ambiente, Sustentabilidade, Saúde e Segurança nas mais de 40 unidades espalhadas pelo mundo. No fim daquele ano, com a possibilidade de trabalhar de casa, voltou ao Brasil, mas continuou atuando internacionalmente. Agora, desde o mês passado, está à frente da fábrica de cigarros em Santa Cruz. “Foi uma experiência muito boa. Agora estou com essa nova oportunidade, depois de ter conhecido a fundo o meio da cadeia produtiva, que é a parte da manufatura”, avaliou.

A trajetória de Juliano Zuege é acompanhada de perto, há 20 anos, pela esposa Luana, com quem tem duas filhas: Joana, de 7 anos; e Diana, que completou um mês de vida na última quinta-feira. Filho de Valmor Zuege, já falecido, e Dorilda Zuege, o homem de 48 anos olha com carinho para cada passo considerado fundamental na construção do sucesso que contempla hoje. Exemplo disso é o orgulho de ter concluído graduação em Engenharia Mecânica e de Produção, além de mestrado em Tecnologia Ambiental, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Nesse sentido, acredita que sonhar alto e investir em conhecimento, aprimoramento de habilidades e network são fatores decisivos para ter sucesso nos objetivos, sejam quais forem. “Percebo que as pessoas têm dificuldade de acreditar nelas mesmas. Com autoconfiança, não há barreiras que possam ser superadas”, afirma.

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É esse exemplo, cheio de vontade de contribuir com o seu entorno, que Zuege usa para motivar a equipe. “O resultado é consequência. Meu foco está nas pessoas, pois o sucesso está na jornada. Se as pessoas estiverem bem, a fábrica cresce”, observa.

Unidade faz parte de complexo voltado ao desenvolvimento

Inaugurada em 2018, a fábrica de cigarros da JTI em Santa Cruz do Sul é a primeira da América do Sul. Ela está estabelecida em um terreno de 280 mil metros quadrados, com área construída de cerca de 70 mil metros quadrados. Todo o ambiente é climatizado, com temperatura em torno de 23 graus, e tem a umidade controlada, para garantir a qualidade do produto e o bem-estar dos 160 colaboradores baseados lá.

A importância da fábrica de cigarros da JTI se dá, principalmente, pela localização geográfica e pelo complexo estabelecido pela empresa no município, já que, em Santa Cruz, há a produção do tabaco, o processamento e a fabricação do cigarro. Além disso, na localidade de Cerro Alegre Baixo há um centro de pesquisa, com aproximadamente 320 hectares de área dedicada a experiências relacionadas à cultura.

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“Essa sinergia se reflete em otimização de fluxo e custo reduzido”, aponta Juliano Zuege.
Folhas de tabaco dos três estados do Sul do Brasil são utilizadas para a confecção dos cigarros Winston e Camel, segunda e terceira marcas mais vendidas no País, respectivamente. A fábrica conta com equipamentos de ponta, tecnologia que age diretamente no controle da qualidade do produto, na segurança dos colaboradores e na busca pela neutralização da emissão de carbono.

Tudo isso é gerenciado através de um sistema integrado, chamado de IWS (Integrated Work System), focado em reduzir perdas e engajar o time. São feitas análises periódicas – por turnos, diárias, semanais e mensais – avaliando as oportunidades em áreas como manutenção, qualidade, produtividade e performance. Isso potencializa a redução de custos e a padronização dos processos.

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Há potencial, mas é necessário investir

Ao longo de oito anos, Juliano Zuege já visitou mais de 30 países. Ao voltar a atuar diretamente em Santa Cruz do Sul, ele revive boas lembranças de períodos anteriores. O melhor, no entanto, para o líder da fábrica de cigarros da JTI, é poder se comunicar em português. “É uma comunicação muito mais eficaz, que acelera os processos.”

A experiência fora do País possibilita a comparação entre realidades de outros continentes e o panorama brasileiro. Ele afirma que há potencial aqui, mas falta investimento em tecnologia. “A gente tem uma eficiência muito baixa. Faltam tecnologia, automação, digitalização, controle estatístico”, analisa.

Essa visão, em âmbito regional, a partir de investimentos que a JTI vem fazendo, reflete em maior arrecadação para o município, geração de empregos diretos e indiretos, entre outros benefícios para o desenvolvimento econômico de Santa Cruz. “É geração de riqueza. O que produzimos aqui, fica aqui.” E isso, para Zuege, reflete-se em mais qualidade na educação e bem-estar social.

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O processo de produção

O tabaco chega à fábrica da JTI esterilizado, separado em caixas (lâminas e talos), e vai para um cilindro onde é tratado com vapor e água. A partir disso, as próximas etapas consistem em adição de ingredientes, conforme a receita de cada marca. Em seguida, é hora de retirar a umidade excedente, em um secador. O padrão é que o tabaco fique com 14% de água, no máximo.

Com a mistura pronta, o chamado “cut filler” é levado através de um sistema de tubulação para o momento da embalagem. A capacidade de cada conjunto – são três no total – é de entregar 8 mil cigarros por minuto. Para o ano que vem, a expectativa é de que haja um investimento em novos equipamentos, possibilitando que esse número chegue a 12 mil. A produção média de cigarros da fábrica da JTI em Santa Cruz é de 200 milhões por semana. A parte final é a colocação dos selos, que comprovam a legalidade da produção.

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