O prestigiado, respeitado e premiadíssimo escritor inglês Julian Barnes, um dos maiores nomes da cultura inglesa contemporânea, acaba de lançar novo romance, que também chega às livrarias brasileiras em edição da Rocco, com tradução de Léa Viveiros de Castro (272 p., R$ 79,90). Aos 75 anos, e depois de distinções como o Man Booker Prize por O sentido de um fim, entre tantas outras, O homem do casaco vermelho leva o leitor de volta a uma das fases áureas da cultura ocidental, a Belle Époque francesa.
Ele toma como motivador um retrato pintado por um médico francês, e a partir dele mergulha na cena social de Paris, onde um pioneiro da moderna ginecologia cruza com personagens célebres das artes e de outras áreas do conhecimento. Astros como Sarah Bernhardt, Oscar Wilde, Maupassant, Flaubert e até os irmãos Goncourt (que, aliás, dão seu nome ao principal prêmio literário concedido a obra escrita originalmente em francês) desfilam pelas páginas, delineados pela rara imaginação criadora de Barnes.
Em obras anteriores, inclusive em O sentido de um fim, o autor lidou com o sempre delicado e doloroso tema da perda. Ocorre que em 2008 ele teve um baque com a morte de sua esposa, a agente literária Pat Kavanagh, com quem fora casado por quase 30 anos, e o vazio levou-o a uma profunda reflexão sobre a existência. Ao lado de expoentes como Ian McEwan, Nick Hornby e Martin Amis, Barnes é leitura fundamental e inspiradora na literatura inglesa contemporânea.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Gazeta lança coleção de livros com clássicos reimaginados
This website uses cookies.