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Julho Verde Escuro: mês de prevenção e informação aos tumores ginecológicos

Neste mês de julho ocorre a campanha que dirige-se à informação e prevenção aos tumores ginecológicos. O mês de cor verde escuro, traz em destaque, as condições que compreendem o câncer de colo uterino, ovário, endométrio, que é um câncer da parte interna do útero, e também câncer de vulva e vagina em menor proporção.

Explanando sobre o tema, falou com a Gazeta Sobradinho nesta quarta-feira, 13 de julho, durante o Programa Giro Regional, a ginecologista e mastologista da Clínica Saint Gallen de Santa Cruz do Sul, Andréia Rauber. Conforme ela, é de extrema importância falar sobre o câncer ginecológico, que atualmente é o terceiro que mais acomete mulheres brasileiras, ficando atrás apenas do câncer de mama e de intestino.

A médica destaca que atualmente há alguns programas já estabelecidos para a prevenção de determinados tumores, além de exames para o rastreamento precoce. “No câncer de colo de útero, que seria o terceiro mais frequente nas mulheres, um exame bem estabelecido há muito tempo como sendo de rastreamento precoce, é o papanicolau, pré-câncer, ou preventivo. Que é o exame coletado nas consultas ginecológicas de rotina. Com o papanicolau consegue-se detectar alterações pré-malignas do colo do útero, que são 100% tratáveis. Então mulheres que fazem esse exame rotineiramente, muito dificilmente vão chegar a apresentar um câncer de colo do útero”, explica.

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Médica Andréia Rauber

Andréia ainda lembra que outra prevenção importante no caso do cancêr do colo uterino, é a vacina contra o HPV, o Papilomavírus Humano. Por ser uma doença sexualmente transmissível, é o principal agente envolvido no desenvolvemento deste câncer. “É muito importante a gente ter a vacina do HPV já incluída no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde, para as meninas na idade entre 9 e 14 anos, e para os meninos também na idade entre 11 e 14 anos. A ideia da vacinação precoce é prevenir antes mesmo dos meninos e meninas terem um possível contato sexual com o vírus HPV. Também há disponível essa vacina em clínicas de vacinação privadas, para as mulheres de até 45 anos de idade”, salienta. Além disso, a médica reforça o alerta para o uso do preservativo, visando evitar esta e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Já os cânceres de ovário e endométrio, são considerados também duas espécies prevalentes, além do já citado. De acordo com Andréia, ele não tem um rastreamento já tão estabelecido como o exame de pré-câncer, mas através dos exames de rotina, pode-se detectar alguma alteração. “Mulheres que fazem o acompanhamento médico anual, vão estar sendo examinadas, onde vão estar sendo submetidas a uma conversa e questionamentos, assim podendo serem detectados possíveis sintomas suspeitos de alguma alteração”, ressalta. Segundo ela, no câncer de ovário, um exame simples e efetivo pode mostrar um eventual crescimento tumoral no ovário, sendo o exame de ecografia, ou ultrassonografia endovaginal.

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Quanto ao câncer endométrio, que é da parte interna do útero, Andréia explica que também pode-se detectar alterações através de um exame de ecografia, ou, se houver alguns sintomas suspeitos como sangramento irregular, padrão de sangramento menstrual diferente, ou mulheres que tenham algum sangramento depois da menopausa, sempre devem ser avaliados para possibilidade de alguma alteração desses tipos de tumores. No entanto, a médica explica que infelizmente existe, principalmente pela parte do câncer de ovário, a questão de que os sintomas geralmente vem a aparecer mais tarde, em uma fase que a doença pode estar mais avançada. Então quanto mais cedo diagnosticar, o tratamento pode ser mais efetivo.

Conforme a médica, para cada tipo de tumor existe um determinado tratamento, onde alguns destes fatores ginecológicos podem serem tratados, muitas vezes, por várias modalidades de procedimentos juntos. “Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia. São vários tratamentos que existem disponíveis atualmente. Em um câncer de colo do útero, se detectado em uma fase mais precoce, a cirurgia é um método muito efetivo. Se está em uma fase um pouco mais avançada, os tratamentos de quimioterapia e radioterapia também funcionam muito bem. No câncer de ovário e endométrio, também é muito importante a questão da cirurgia, e muitas vezes também a quimioterapia. Temos várias possibilidades de tratamento e, claro que, sempre, quanto mais precoce for o diagnóstico, menor a chance dele se disseminar e atingir algum outro órgão”, pontua.

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Quanto a fatores de risco, a médica explica que no caso de tumores como o câncer de colo do útero, como ele é muito associado a infecção pelo vírus do HPV, o mesmo está mais presente em pacientes que têm fatores de risco de adquirir uma doença sexualmente transmissível. “O não uso de preservativo, relações com múltiplos parceiros, tabagismo, entre outros. Já no câncer de ovário, é muito importante o histórico familiar. Isso é uma coisa que as pacientes costumam questionar. As vezes ficam muito preocupadas com determinado histórico familiar e, realmente, se há histórico de algum tumor na família, a propensão talvez aumente. Por isso a gente deve ir trabalhando na prevenção primária”, conclui Andréia.

Visando divulgar a importância da prevenção aos diferente tipos de câncer, a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Sobradinho, em parceria com a Gazeta, trará a cada mês, de acordo com a cor da campanha, um especialista que explanará sobre cada câncer destacado.

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Nathana Redin

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