A Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), de Santa Cruz do Sul, está engajada na campanha Julho Amarelo, que tem por finalidade conscientizar e sensibilizar para a prevenção e controle das hepatites virais. Durante todo o mês, os profissionais dos postos de saúde vão abordar o tema durante as consultas individuais, procedimentos, nas salas de espera, grupos e visitas domiciliares das agentes de saúde.
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De acordo com a enfermeira do Ambulatório Central, Ester Maria Etges Altermann, a unidade já está preparada para abordar o assunto. Na sala de espera, um vídeo institucional será veiculado enquanto os usuários aguardam pelo atendimento. Uma decoração especial também está sendo montada para chamar a atenção para a temática e cartazes e outros materiais informativos serão expostos em local de fácil acesso. “Vamos abordar o assunto da melhor maneira possível, oferecendo informações básicas para que as pessoas atuem como multiplicadores nas suas comunidades”, disse ela.
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Um material informativo com orientações sobre sinais e sintomas, formas de contágio e prevenção foi elaborado pelo Ambulatório Central e está sendo distribuído para as demais unidades. Assim como já acontece durante todo o ano, a testagem rápida para hepatites B e C também estará disponível para a população nos postos de saúde. Cada teste leva aproximadamente meia hora e só uma gotinha de sangue é necessária para o procedimento.
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Outra medida de prevenção fundamental no caso das hepatites virais é a vacinação. A primeira dose da hepatite B é oferecida às crianças logo ao nascer e depois junto com a vacina Penta, aos 2, 4 e 6 meses de vida. No caso de adultos não vacinados, são feitas três doses, sendo a segunda dose 30 dias após a primeira e a terceira cinco meses depois da segunda. Já a vacina da hepatite A é ofertada para crianças com um 1 e 3 meses de vida. “Caso a pessoa não saiba se já recebeu ou não o imunizante pode procurar a sua unidade de saúde, tirar as dúvidas e receber orientações”, disse Ester.
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Doença silenciosa
As hepatites virais são inflamações do fígado, provocadas por cinco vírus classificados pelas letras A, B, C, D e E. Enquanto A e E são contraídas pela ingestão de água ou comida contaminada, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico, higiene pessoal e dos alimentos, B, C e D são adquiridas através de relações sexuais desprotegidas, contato com sangue contaminado através do compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfuro-cortantes. Pelo sangue também ocorre transmissão vertical de mãe para filho na gestação e por meio de transfusão.
Conforme a enfermeira do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), Micila Chielle, em torno de cinco novos casos diagnosticados são encaminhados mensalmente para tratamento no Ambulatório de Hepatites Virais, que funciona junto ao órgão. “Não passa nenhum mês sem que haja um caso novo, por isso a importância da testagem a cada seis meses como preconiza o Ministério da Saúde”, recomendou.
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Segundo ela, a doença em fase inicial é silenciosa, mas com o passar do tempo debilita o paciente e pode se agravar, evoluindo para câncer hepático e cirrose. “Todas as hepatites hoje têm cura, basta procurar a rede e iniciar o tratamento”, disse.
Dentre os sintomas das hepatites virais estão cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Todas as unidades de saúde e o Cemas disponibilizam os testes, no horário de atendimento.
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Formas de prevenir:
- Lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro;
- Lavar e cozinhar bem os alimentos;
- Não tomar banho em riachos perto de esgoto aberto;
- Vacinar-se;
- Usar preservativos em todas as relações sexuais;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal como barbeadores e alicates de unha;
- Não compartilhar nenhum objeto que possa ter tido contato com sangue, como seringas e agulhas.
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