A juíza eleitoral da 40ª Zona Eleitoral, Luciane Inês Morsch Glesse, atendeu o pedido da promotora de Justiça Catiuce Ribas Barin, e determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito policial para apuração de possível crime de corrupção eleitoral cometido pela coligação “Gramado Xavier Merece Mais”. A representação partiu da coligação adversária “Credibilidade e Trabalho: Vamos continuar fazendo mais”, afirmando que uma candidata a vereadora do PSB teria sido paga para desistir do pleito.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a mulher confessou em vídeo e por escrito que membros da coligação formada pelos partidos MDB, Progressistas, PL e Republicanos teriam se aproveitado da vulnerabilidade econômica da candidata e oferecido R$ 5 mil para que renunciasse à candidatura. Metade do valor teria sido pago no dia em que aceitou a proposta e compareceu ao Cartório Eleitoral da 40ª Zona Eleitoral, em Santa Cruz do Sul.
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Ela teria sido conduzida ao local também por membros da coligação “Gramado Xavier Merece Mais”, inclusive o representante jurídico da mesma, que teria a acompanhado até o balcão, solicitado a renúncia, que foi assinada pela candidata. Ao retornarem ao município de origem, a mulher teria sido informada que receberia o restante neste sábado, 5. “Registra-se que a ‘compra’ de renúncia de candidatura configura, em tese, abuso de poder econômico”, analisa a promotora.
Membros do PSB, partido pelo qual ela concorreria a uma vaga na Câmara de Vereadores de Gramado Xavier, a procuraram. Nesse encontro, ela estaria abalada e arrependida de ter renunciado, afirmando que teria agido impulsivamente, devido às dificuldades financeiras que enfrenta. “O representado, aproveitando-se da fragilidade e ignorância, encontrou oportunidade de prejudicar a coligação adversária”, escreveu a promotora Catiuce Barin.
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A equipe do Portal Gaz entrou em contato com o coordenador de campanha da coligação “Gramado Xavier Merece Mais”, Jeferson Froza. Ele afirmou que a denúncia se trata de uma mentira. “Foi plantada nos últimos dias para tentar reverter o resultado que estamos vendo nas ruas”, disse. Ele ainda garantiu que vão se defender ao longo da investigação e comprovar a “acusação mentirosa”. “Temos certeza de que não praticamos qualquer conduta ilegal”, finalizou.
A representante do Ministério Público sugeriu quebra de sigilo telefônico, afastamento do sigilo dos dados de WhatsApp, determinação da localização dos telefones da renunciante e dos envolvidos no momento da desistência da candidatura; verificação da origem do dinheiro ofertado à candidata, solicitação das imagens de câmeras de segurança instaladas em estabelecimentos próximos do Cartório Eleitoral, além de depoimentos dos acusados, da mulher e de testemunhas.
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A candidata e representantes do partido pelo qual concorria tentaram reverter a situação, mas não é possível cancelar a renúncia, tampouco substituir a candidata, pois o prazo para tal procedimento terminou no dia 15 de setembro.
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