O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo decorrente das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, mandou soltar nesta segunda-feira, 9, os três sócios da empresa Arxo Industrial, presos na nona fase da operação deflagrada na semana passada.
Com a decisão devem ser soltos ainda nesta segunda Gilson João Pereira e João Gualberto Pereira, sócios da Arxo, e Sergio Ambrosio Marçaneiro, diretor financeiro. Eles estão presos na Superintendência da Policia Federal em Curitiba. Ao deferir a soltura, Moro entendeu que não há mais a necessidade da prisão temporária, após o cumprimento das buscas e apreensões que resultaram em R$ 3,1 mihões e 500 relógios de luxo.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os acusados pagavam propina para obter contratos com a BR Distribuidora. Os pagamentos ocorreriam em contratos com a BR Aviation, empresa da Petrobras especializada no abastecimento de aeronaves. A Arxo vende tanques de combustíveis e caminhões-tanque.
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No dia 16 de janeiro, Cíntia Provesi Francisco procurou o MPF voluntariamente para denunciar os executivos. Aos investigadores, ela relatou que a empresa pagava propina de 5% a 10% nos contratos com a BR Aviation.
Segundo a defesa, os sócios disseram aos delegados, em depoimento prestado hoje, 9, que a empresa nunca pagou propina ou sonegou impostos. Os acusados também negaram envolvimento com o empresário Mário Goes, apontado como intermediador de propina entre a Arxo e a Petrobras.
“Não sabíamos da existência de Goes. Isso parte da denúncia de uma ex-funcionária [Cíntia Provesi Francisco]. Nunca conhecemos essa pessoa e não sabemos de quem se trata”, disse o advogado Chales Zimmermann.
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