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Juiz determina que prédio da Kiss seja devolvido à empresa proprietária

Três anos após o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, que deixou 242 pessoas mortas em janeiro de 2013, o prédio onde funcionava a casa noturna deverá ser devolvido à empresa Eccon Empreendimentos de Turismo e Hotelaria, proprietária do imóvel. A decisão foi proferida pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo processo criminal referente ao caso.  “Determino a imediata liberação do prédio onde funcionava a Boate Kiss, que ficará a cargo e responsabilidade de sua proprietária, ora requerente”, diz o despacho da última quarta-feira, 10.

O magistrado estipulou um prazo de cinco dias para que a Brigada Militar deixe de fazer a segurança do local. “Após o prazo, a segurança ficará a cargo da proprietária”, determinou. Alguns itens pessoas das vítimas do incêndio ficaram dentro do prédio. Sobre estes bens, Louzada determinou que sejam levados a uma delegacia de polícia, e que a Associação dos Familiares de Vítima e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) seja notificada para que familiares possam ir buscar os objetos.

O prédio tinha sido interditado pela Justiça em função de um pedido de reconstituição do incêndio. Segundo o G1, em dezembro do ano passado, a construção passou por uma limpeza devido ao risco de que ainda houvesse substâncias tóxicas decorrentes da queima de espuma no teto da boate, o que foi responsável pela maioria das mortes.  

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