A Japan Tobacco International (JTI) dá início à etapa que faltava para a fabricação completa de cigarros no Brasil. Com a implantação do processo primário na fábrica em Santa Cruz do Sul, a multinacional passa a ter todas as etapas da cadeia do tabaco, tornando o Brasil o primeiro país da empresa a ter a operação completa, ou seja, da pesquisa à distribuição de cigarros.
A produção de cigarros envolve uma série de etapas, desde o plantio do tabaco até a embalagem do produto. Após o plantio, cultivo, colheita e cura (secagem), o tabaco chega à fábrica, para passar pelo beneficiamento. Em seguida, o produto passa por um processo conhecido como “primário” que envolve a mistura, condicionamento, corte e secagem das matérias-primas conforme especificações para produção de cigarros. O denominado “blend”, ou mistura, é formado por diferentes tipos de tabaco, respeitando uma receita desenvolvida por especialistas. Esta é a etapa que passa a ser executada no Brasil dentro da fábrica da JTI em Santa Cruz do Sul. Anteriormente, o blend que compõe os cigarros da JTI era preparado na Europa. O tabaco brasileiro e de vários outros países era enviado para lá para ser realizado o processo primário e voltava para o Brasil. Hoje, apenas uma parcela da mistura é importada.
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Com investimento de R$ 75 milhões, a empresa promove a valorização do produto brasileiro, diminuindo custos logísticos e ampliando a capacidade de produção. “A recuperação desse valor acontecerá em torno de três anos, principalmente porque 50% do tabaco que será utilizado já estará no Brasil. Reduziremos gastos com logística ao deixar de trazer tabaco de outros países, além do menor impacto ambiental ao diminuir a emissão de CO2 proveniente dos transportes. Ainda, vamos fortalecer o agronegócio no País, utilizando mais tabaco do Brasil nas misturas dos nossos cigarros”, afirma o gerente de Produção da JTI, Edson Silva.
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A partir da produção total dos cigarros da marca JTI no Brasil, será possível ampliar os mercados de atuação, expandindo os negócios para toda a América Latina. “Esta linha de produção tem capacidade de produzir 2.000 kg/h de cutfiller, que é o tipo de tabaco utilizado na produção de cigarros. Com isso, conseguimos triplicar a produção de cigarros da JTI no Brasil, além de produzir cutfiller para outras unidades da JTI em outros países”, destaca Edson Silva.
Somente neste início da operação, dez vagas de emprego direto foram criadas para atender à nova demanda. “Estimamos que muitas outras vagas de emprego indireto foram geradas devido à necessidade de serviços e insumos utilizados no processo”, afirma Edson.
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Apesar de o processo industrial ser nacional, parte da mistura (blend) contida nos cigarros da marca ainda precisa ser importada de outros países. O Brasil é o maior exportador mundial de tabaco, especialmente os tipos Virgínia e Burley. Mas ainda são necessários outros tipos de tabaco que não têm produção no País.
“A JTI investe no relacionamento com seus produtores integrados. A equipe de técnicos de agronomia visita regularmente os nossos produtores , promovendo o uso de novas tecnologias e processos que possibilitam melhor qualidade de tabaco e a adoção de boas práticas no campo”, afirma Paulo Saath, líder das Operações de Tabaco no Brasil.
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