O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Tropeiros da Amizade, de Santa Cruz do Sul, promoveu no final de semana o 7º Rodeio Crioulo. Dezenas de competidores dos Vales do Rio Pardo e do Taquari marcaram presença no Parque de Eventos para as provas campeiras, com destaque para o tiro de laço e a gineteada.
As disputas, no entanto, não se limitaram aos adultos. Crianças e adolescentes também marcaram presença e demonstraram suas habilidades como laçadores e na cavalgada. Valentina Nascimento Grehs, de 11 anos, foi uma delas. Filha do capataz campeiro do Tropeiros da Amizade, Guilherme Grehs, e de Jaqueline do Nascimento, secretária do rodeio, começou a laçar aos 4 anos.
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No início, ela achou que não seria capaz. Porém, com muita dedicação e apoio da família, superou as dificuldades. Com o tempo, começou a participar de competições. Seu esforço foi retribuído com a vitória em diversas ocasiões. “Quero continuar a competir”, afirmou.
Conforme Grehs, 12 crianças participaram ao todo. Uma das competições foi o Laço Prenda do Tropeiros da Amizade, com premiações para jovens até 15 anos. Para ele, eventos como esse estimulam os jovens a participar do tradicionalismo e se envolver com o CTG. “Eles são o futuro, e nós precisamos estimulá-los a dar continuidade. O nosso momento vai passar e eles vão seguir”, afirmou.
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As provas iniciaram-se na sexta-feira, 18, e terminaram no domingo, 20, quando houve a entrega de troféus e valores, conforme cada modalidade. Uma delas foi o Duelo Rei do Laço, quarteto e dupla de rodeio. Já as crianças puderam se envolver com a vaca parada. Além da taça Tropeiros da Amizade, a organização entregou R$ 12 mil em prêmios.
Na avaliação do capataz campeiro, o evento foi um sucesso, demonstrando a união dos tradicionalistas após as catástrofes climáticas que afetaram o Estado. “Foi devastador, especialmente para a agricultura. Mas aos poucos superamos esse momento difícil e pudemos celebrar juntos.”
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Sonho de ser laçador profissional
Morador de Passo do Sobrado, Augusto Ismael Rauber Janisch, de 11 anos, foi um dos participantes do Rodeio Crioulo do CTG Tropeiros da Amizade. Incentivado pelo pai desde cedo, treinou na vaca parada até os 8 anos. No início, não foi fácil. “Tive que treinar bastante até começar a laçar o gado”, afirmou.
Augusto tem se destacado nos eventos e coleciona uma série de troféus das vitórias. Seu sonho é continuar a competir para se tornar um laçador profissional. “Se Deus quiser, eu vou. Acho que é importante nunca desistir dos nossos sonhos.”
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A mãe de Augusto, Ana Lúcia Rauber, de 40 anos, apoia o sonho do filho. Ela considera os rodeios um excelente lugar para estar em família. Por isso, entende que a iniciativa dos Tropeiros da Amizade é importante para estimular os mais novos a manter a cultura viva. “É um lugar de incentivo para que cresçam e sigam no caminho certo, além de fomentar amizades saudáveis que levam para a vida toda”, comentou.
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