Onze dias depois de ser internado, o adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, morreu por complicações em seu sistema digestivo decorrentes do acionamento de uma mangueira de ar comprimido no ânus do rapaz. O caso aconteceu em Campo Grande em 3 de fevereiro.
Wesner morreu na terça-feira, 14. Thiago Giovanni Demarco Sena, de 26 anos, e Willian Henrique Larrea, de 30, autores do crime, dizem que houve uma “brincadeira” entre eles e o adolescente no lava-jato onde Wesner trabalhava e cujo dono é Sena.
O adolescente vomitou, defecou e desmaiou, momento em que os autores o levaram para o posto de saúde, de onde foi encaminhado para a Santa Casa. Ambos tiveram pedido de prisão preventiva decretado no dia da morte do adolescente, mas ainda não estão presos.
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O juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande encaminhou o pedido para o Tribunal do Júri. O caso foi tratado pela Polícia Civil como lesão grave seguida de morte, mas o entendimento do magistrado é de que ambos cometeram homicídio doloso.
Para Marcelo Ivo, “além do ato praticado pelos indiciados ser revestido de uma imbecilidade oceânica, não há como alegarem que o ato por eles praticado não poderia causar a morte de uma pessoa”, enfatizou.
No mesmo despacho, o juiz sustentou ainda que “assim, quando alguém direciona uma mangueira de ar comprimido contra o corpo de outrem, pode até dizer que não se está tentando matar o outro, mas qualquer pessoa minimamente sana sabe que injetar uma mangueira de ar comprimido em alguém, provavelmente causará a sua morte ou, ao menos, sérias lesões”.
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