Foi quando precisou colocar um piso no próprio quarto que Paloma Cipriano, de 24 anos, teve a ideia de usar um canal no YouTube para mostrar como fazer reformas na casa. “Minha mãe sugeriu que eu gravasse e esse vídeo começou a ter muitos acessos”, conta a estudante de Publicidade.
Depois disso, o canal foi crescendo e quebrando tabus. “Muitas mulheres começaram a me mandar fotos do que fizeram nas casas delas, incentivadas pelo meu vídeo.” O retorno positivo incentivou Paloma a continuar. Dois anos depois, a jovem já ensinou a instalar porta, assentar azulejo e até rebocar parede – este último tutorial foi o que teve mais visualizações: 4,9 milhões.
Paloma aprendeu tudo isso na prática. “Sempre moramos eu, minha mãe e minhas irmãs. Por isso a necessidade de fazer tudo”, diz a jovem que é de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Embora receba elogios de várias partes do País – o canal tem 235 mil inscritos – há ainda quem critique e diga que o tipo de trabalho não é feminino.
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“A maior parte das críticas é de homens. Às vezes, eles sabem menos do que eu, mas querem falar mesmo assim. Nem ligo mais.” 60% dos inscritos no canal são homens, mas o porcentual de mulheres interessadas nas dicas tem crescido.
Para ela, os trabalhos em casa são pesados, mas a sensação de tarefa cumprida é recompensadora. “Mesmo que você tenha condição de pagar, fazer alguma coisa e ver que foi você quem fez é muito gratificante. Sem contar a economia”, diz a jovem, que ainda é a responsável pela edição das imagens para o canal.
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“Nunca vou parar com o ‘faça você mesmo’. Quero continuar trabalhando até quando eu conseguir. O objetivo é trazer mais conteúdo, principalmente para as meninas que me seguem, porque os homens, em geral, já têm essa prática.”
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