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Aluno encontra uma forma de inclusão na tecnologia

O Gabriel Heineck Haberkamp, 18 anos, aluno do Senac Santa Cruz do Sul tem deficiência visual e encontrou na tecnologia uma forma de inclusão e, ao mesmo tempo, uma paixão profissional. Ele é aluno do curso Técnico em Informática.

“Eu já tinha uma ideia do que queria para minha carreira e o Senac foi perfeito por oferecer Ensino médio integrado ao técnico, tudo em um único turno. Isso facilitou minha rotina e abriu muitas portas para o meu aprendizado”, afirma.

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Mariana de Almeida Getirana, pedagoga do Senac Santa Cruz, explica a importância de medidas de inclusão em todos os ambientes. “A inclusão de alunos com deficiência é importante em todos os níveis. No curso Técnico em Informática, ela promove igualdade de oportunidades e a quebra de barreiras, permitindo que esses alunos se preparem de maneira adequada para o mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades técnicas essenciais para sua autonomia profissional e pessoal”, ressalta.

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Para garantir que Gabriel pudesse acompanhar o curso de forma igualitária, houve a utilização de softwares leitores de tela e outras tecnologias assistivas. “No contexto do curso de Informática, a inclusão estimula a adaptação de tecnologias e métodos de ensino. A diversidade de perspectivas e a colaboração entre alunos com diferentes habilidades enriquecem o ambiente de aprendizagem”, reforça Mariana.

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Ela também elogia o rapaz. “O Gabriel é extremamente organizado, crítico, cuidadoso com suas entregas e tem uma memória incrível. Além disso, tem um senso de humor que cativa todos ao redor. Foi muito bonito ver o crescimento do Gabi ao longo deste ano e vê-lo se permitir experimentar coisas novas”, conta.

Desafios e boas oportunidades

Gabriel Heineck Haberkamp tem plena noção dos desafios e oportunidades do setor de tecnologia para pessoas com deficiência. Durante sua participação em uma roda de conversa na Unisinos com a temática “O papel do programador no mundo que queremos“, com mais de 200 participantes, ele destacou a importância de profissionais especializados em acessibilidade nas equipes de desenvolvimento.

“Garantir que sites e aplicativos sejam acessíveis não só no lançamento, mas também após atualizações, é essencial. A tecnologia tem que ser pensada para todos”, defende.

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Ele também abordou a desinformação que cerca o acesso de pessoas cegas à programação. “Muitas vezes acham que não temos condições de atuar nessa área, mas com os leitores de tela e outras ferramentas, conseguimos trabalhar e inovar tanto quanto qualquer outra pessoa. É importante compartilhar isso e mudar a visão do mercado”, analisa.

Com um projeto já desenvolvido no curso técnico – o Acessiblin, que é voltado para acessibilidade –, Gabriel sonha em aprofundar os seus conhecimentos em programação e redes, além de criar, no futuro, uma empresa que una produtos de qualidade à acessibilidade. “Quero contribuir para essa área e explorar ao máximo o que a tecnologia pode oferecer. A acessibilidade não é só uma questão técnica, mas um direito que devemos garantir”, explica.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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