A equipe da 1ª Delegacia de Polícia Civil deu resposta a mais um grave acidente de trânsito registrado em Santa Cruz do Sul em 2023. Uma jovem de 21 anos, que não teve a identidade divulgada, foi indiciada por homicídio culposo de trânsito e lesão corporal por ter sido apontada como a causadora do acidente que matou Débora de Paula do Amarante Eckert, de 39 anos, e deixou a filha dela, uma adolescente à época com 13 anos, gravemente ferida. O fato aconteceu na Rua Carlos Trein Filho, esquina com a Rua Tiradentes, no início da noite de 30 de maio.
Era por volta de 19 horas quando Débora e a filha passaram o semáforo da Tiradentes na moto Honda Biz e foram atingidas pelo Onix, antes de terminar o cruzamento com a Carlos Trein. A condutora da Biz precisou ser entubada já no local do acidente, pois estava inconsciente. Ela e a caroneira foram levadas para atendimento médico, mas Débora não resistiu aos ferimentos. A filha sofreu diversas lesões, mas sobreviveu. A condutora do carro, de 21 anos, não se feriu. A jovem chegou a fazer o teste de alcoolemia, mas o resultado foi 0,00mg/L (miligrama de álcool por litro de ar expelido).
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Titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil e responsável pela investigação do caso, a delegada Ana Luísa Aita Pippi remeteu o inquérito ao judiciário em setembro. O documento responsabiliza a motorista do carro pelo acidente e aponta que a versão dada por ela não condiz com a verdade. “Ela alegou que o semáforo estava verde para a Carlos Trein, quando na verdade conseguimos apurar que foi o contrário. A sinaleira estava vermelha para a Carlos Trein e verde para a Tiradentes, rua pela qual seguia a motociclista”, conta a delegada. Para chegar a essa conclusão, a polícia obteve relatos de testemunhas e imagens de uma câmera de segurança.
A gravação mostra o exato momento em que outros veículos param na Carlos Trein por conta do semáforo vermelho e outros seguem pela Tiradentes em função do sinal estar verde. Um desses veículos que segue é a moto de Débora. “Fizemos toda a contagem do tempo em que a sinaleira fica no verde e no vermelho para ambos os sentidos, em um trabalho que envolveu também a perícia. É nítido, e corroborado por testemunhas, que quem passou no vermelho foi a condutora do carro”, afirma a titular da 1ª DP.
Outra situação levantada ao longo da investigação foi o fato da vítima fatal não ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “De fato, ela não tinha habilitação, mas isso não diminui a culpa da autora”, explica.
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Um dos fatores que dificultou o início da investigação foi a falta de testemunhas. A situação acabou mudando após reportagem publicada pela Gazeta do Sul poucos dias após o ocorrido. A matéria contou que a polícia estava atrás de depoimentos de testemunhas da colisão. “Essa reportagem foi fundamental pois a partir dela pessoas que passaram pelo local nos procuraram para apresentar as suas versões, o que não tínhamos até então. E essa participação de testemunhas presenciais foi extremamente importante para termos um desfecho positivo. Eu gosto de destacar, às vezes as pessoas têm medo de vir dar depoimento, mas a gente sempre agradece pois é muitas vezes por elas que conseguimos fazer justiça”, frisa.
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