Uma estudante de Direito morreu nesta semana, em Brasília (DF), após complicações causadas por uma sessão de bronzeamento artificial. Nara Farias Preto tinha 20 anos e teve paradas cardíacas decorrentes de queimaduras e desidratação. Depois do caso, a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária.
Os médicos do Hospital das Forças Armadas, onde Nara deu entrada reclamando de fraqueza e dores no corpo, relataram que ela chegou a ser reanimada após as paradas cardíacas. Porém, o quadro piorou rápido e ela foi transferida à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um outro hospital, onde morreu depois. Ela foi submetida ao procedimento no sábado, 10, passou mal na terça-feira e morreu na quarta.
A família da jovem registrou ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia do DF e pretende processar a clínica Belo Bronze, que funcionava em uma região residencial na Asa Sul, em Brasília. No local, a Vigilância Sanitária apreendeu quatro macas e uma espécie de dedetizador, usado para aplicar os produtos químicos nos clientes.
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A clínica não utilizava o método das câmaras de bronzeamento, proibido pela Anvisa desde 2009. O serviço era chamado “bronzeamento natural”, em que o cliente aplica um produto sobre o corpo e fica exposto ao sol, na cobertura do estabelecimento. O tempo máximo recomendado para a sessão é de uma hora e meia, mas, segundo familiares, Nara teria permanecido quatro horas sob o sol – duas de frente, duas de costas.
Embora as câmaras de bronzeamento artificial sejam proibidas pela Anvisa desde 2009, há 831 produtos que são regulamentados pelo órgão. Ainda assim, devem ser utilizados sob observação médica. Em sua página no Facebook, a clínica anuncia que usa “produtos 100% aprovados pela Anvisa” e ainda alerta: “Não perca tempo com técnicas caseiras que oferecem risco à sua saúde. Aqui você tem atendimento VIP com pessoas qualificadas.”
O Instituto Médico Legal deve divulgar, em cerca de um mês, laudo sobre a morte da jovem. O velório e enterro ocorreram nesta quinta-feira, em Mara Rosa (GO).
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