João Ernesto Ketzer, 28 anos, e Luana Hirsch, 24, completam um ano de casamento no dia 26 de fevereiro. Antes disso, eles estavam juntos e chegaram a morar na casa dos pais dela, em Linha Alto Ferraz, interior de Vera Cruz. O empenho e insistência de ambos resultaram na possibilidade de adquirir uma propriedade com 13,5 hectares. É o canto para formar a família, poder produzir e garantir o crescimento.
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Aos poucos, deixam esse espaço com a cara dos dois, garantindo organização e embelezando, sem deixar de lado a atenção à lavoura. O tabaco é o carro-chefe. Com boa área de cobertura nativa e de preservação, reservam 3,4 hectares para a fumicultura, o que possibilita honrar os compromissos assumidos e garantir o desenvolvimento do casal, ao ponto de fazerem planos para o futuro.
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Ambos têm em seus pais exemplos de como fazer a produção. Trazem, portanto, de casa o dinamismo e a base para entender o funcionamento dessa cadeia produtiva complexa. Mas estão aprimorando o conhecimento e garantindo melhores resultados com a mesma quantidade de pés a cada ano. Nos últimos três anos, plantaram 50 mil unidades. A tendência é continuar para ficar dentro do que têm planejado quanto à mão de obra e evolução da propriedade.
João e Luana optaram por continuar no meio rural, não ficando na propriedade dos pais, mas dando sequência ao cultivo do tabaco. “Havia professores que incentivavam a ir para a faculdade, mas nós dois tínhamos interesse em continuar no campo. E deu certo”, conta o jovem. Ele teve a experiência, quando prestou serviço militar, de viver na área urbana e não gostou nada. “Vi que a cidade não era para mim”, resume.
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Além da questão da organização física da propriedade, o casal destaca-se pelo planejamento e garantia da sustentabilidade econômica. A água vem de uma fonte no morro, que o próprio João preparou. Ele e a esposa mantêm animais para carne, leite e ovos, além de plantar feijão e outros produtos, que seriam comprados no supermercado.
O resultado foi tão positivo, neste ano, que acabaram vendendo feijão. O mesmo fazem em relação à necessidade de ter madeira para secar o tabaco. Plantam eucalipto e garantem o reflorestamento, sem precisar comprar lenha. Isso significa menos custo.
Enquanto João e Luana vivem em uma propriedade em Vera Cruz, em Colônia Santa Clara, município de Turuçu, no Sul do Estado, há uma família que é exemplo de união. Os Krebs moram entre dez no mesmo local. Um grupo de irmãos com nomes iniciados com a letra “a”: Antônio, Adolfo, Adolfina e Aldino. Eles formam a segunda geração na fumicultura. A terceira já está na ativa. O casal Joice Beatriz Krebs, de 27 anos, e Delmar Bierhals, 36, é um exemplo.
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A família divide a área da propriedade para que cada um se dedique a sua produção, mas todos acabam trabalhando juntos. São 41 hectares, dos quais oito dedicados ao tabaco, com 100 mil pés plantados. Até o início de março, devem concluir toda a colheita. O restante dá espaço para soja, milho, feijão, pastagem e verdura. Toda essa variedade reforçou, ainda mais, a preocupação com a escassez de chuva. Nos últimos dias, no entanto, houve precipitação e o verde voltou às lavouras dos Krebs.
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