Quem acompanhou a atuação das grandes bandas de baile de Santa Cruz do Sul e da região nas últimas duas décadas certamente tem presente quem é a santa-cruzense Josiane Cristiane Schmitz (ou, para o ambiente artístico, Josi Schmitz). Sua voz ficou marcada na memória de gerações por conta de canções clássicas dos bailões, por exemplo, do inesquecível conjunto Callêndula, ou ainda pela banda Cheiro da Flor.
Se as apresentações desses grupos foram interrompidas há uma década, em 2013, nem por isso ela saiu de cena. Há dois anos, regravação sua de um famoso reggaeton, Dançando Lento, viralizou. A canção original fora composta pelo mexicano Éric Perez e ficou conhecida no Brasil há uma década na versão do cantor dominicano Daniel Santacruz. Atualmente, mais de 3,58 milhões de pessoas visualizaram o clipe de Josi na internet, projetando amplamente o nome da cantora.
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Mas 2024 inicia-se sob o efeito de outra iniciativa que marca sua carreira. Nessa sexta-feira estreou clipe de nova música de Os Atuais, Pássaro Livre, releitura do No More Boleros. Josi é a convidada especial que atua com a banda nessa canção. Aliás, nessa sexta, 6, Os Atuais também comemoraram 56 anos com uma apresentação no Labarca, ambiente de shows que Josi e seu marido, Ilvo Drescher, o Cardeal, administram na Rua Felipe Jacobus Filho, 10, no centro de Santa Cruz, espaço da antiga Souza Cruz.
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São marcas especiais no atual momento de vida de Josi, cuja trajetória se iniciou em Linha João Alves, onde nasceu há 45 anos, filha de Odessy e Hugo Schmitz. Seu pai é falecido. Ela tem ainda os irmãos Joni e Giovana, sendo que todos em família tinham algum contato com a música, em maior ou menor grau. Com tantas influências artísticas já de casa, ela frequentou o Ensino Fundamental na escola Dona Leopoldina, e depois fez o Ensino Médio na escola Ernesto Alves de Oliveira. Não cursou faculdade porque já desde os 15 anos havia mergulhado por completo na carreira musical.
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Sua primeira parada foi o conjunto Nova Estação, de Venâncio Aires, e depois se transferiu para o Bossa 3, do mestre Alcemiro dos Santos, em Santa Cruz. Este, ressalta, foi uma grande escola, pela amplitude de conhecimentos sobre MPB. Eles circularam por todo o Estado e até no Costão do Santinho, em Floripa, se apresentaram.
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Então, em 1997, chegou ao conjunto Callêndula, e com ele ingressou na agenda dos grandes bailes. Até 2013, quando atuou, essa formação gravou oito CDs, com algumas das mais famosas canções associadas à Oktoberfest, muitas delas composições de Cardeal, entre as quais a Valsa Santa Cruz. Em 2005, com a mesma proposta, formaram ainda a banda Cheiro da Flor, que tocou em todo o País. Há 23 anos ela e Cardeal estão casados, e têm a filha Helene, de 5 anos.
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As atividades tanto do Callêndula quanto do Cheiro da Flor foram interrompidas em 2013. Naquele ano, Gustavo, filho de Cardeal de seu primeiro casamento, morreu aos 18 anos; era companheiro deles na música. Cardeal tem ainda os filhos Fernando e João Vili, também músicos. João Vili há 20 anos está radicado em São Paulo, e deve retornar em 2024 para se integrar aos projetos das casas de shows em Santa Cruz.
Por volta de 2010, ela e Cardeal assumiram a promoção de bailes na sede do Avenida, no projeto Portal da Noite, que depois se transferiu para endereço na Avenida Léo Kraether. Em 2012 abriram o Labarca, no Centro. Com a pandemia e o momentâneo fechamento do local, concentraram seus projetos na antiga Souza Cruz. Ali, aos sábados, no Las Vegas, promovem baile em estilo social, das 20 horas à 1h30; já no Labarca, sextas, sábados e domingos, madrugada adentro, há bailão clássico.
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Além da participação em canção de Os Atuais, Josi antecipa que em março sairá o clipe de outra parceria especial, com o cantor Wilceu Pause, do hit Perigosa e Linda, na canção Lagoa Azul, que é uma composição dela. Promete mesmo ser um ano inesquecível para Josi Schmitz!
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